É pessoal... depois de quase 2 meses que eu finalizei essa leitura, só hoje eu consegui sentar aqui pra escrever a resenha. Ainda não estou preparada pra deixar Ian e Sofia, e por isso não consegui pegar Destinado pra ler. Mas já que 2016 parece prometer muitas coisas boas, logo logo eu crio coragem e me entrego a mais um pouquinho dessa paixão... por enquanto, aproveitem a resenha de Encontrada...



“Suspirei, encostando a bochecha na massa negra de seus cabelos. Nunca me senti tão próxima de Elizabeth Bennet como naquele instante. E meu caso era ainda pior. Lizzie não tinha os problemas que eu tinha”

     Depois de tanto sofrimento longe de Ian, quando foi arrastada de volta para o século XXI, Sofia consegue voltar para os braços do amor de sua vida e desde então se prepara para encarar sua nova realidade: o casamento. E em meio a tanta correria dos preparativos para o grande dia, ela começa a perceber que ser a nova Senhora Clarke não vai ser nada fácil. Desde muito jovem, Sofia soube que ser independente seria fundamental em sua época de vida, e depois da morte de seus pais teve que lutar praticamente sozinha para sobreviver. Hoje, vivendo há 180 anos antes de seu tempo, Sofia sente a necessidade da independência, tanto financeira quanto de poder resolver seus problemas e ajudar sua nova família. Assim, na tentativa de presentear seu futuro marido e também se desculpar por tantos danos e mal entendidos, ela negocia com o joalheiro um lindo relógio de bolso afirmando que vai pagá-lo com seu próprio dinheiro. Claro que isso não vai ter um resultado muito bom, ainda mais para aquela época, mas o que mais assusta Sofia é que as confusões em que se mete pode colocar seu casamento em perigo.



“É como um coração mecânico. Ele grava a passagem do tempo. Os ponteiros registraram cada dia quando ainda nos conhecíamos, numa espécie de contagem regressiva. Eles marcaram cada minuto desde que nos encontramos. E agora marcarão cada segundo da nossa vida”


     Não bastando os próprios problemas, Sofia ainda tem que atuar os disparates e insolências de uma tia que Ian convidou (por educação) para o seu casamento. Sendo possivelmente comparável com a tia bruxa de Mr. Darcy em Orgulho e Preconceito, a Lady Catherine de Bourgh, Dona Cassandra chega à casa da família Clarke e praticamente tentar arruinar todos os planos matrimoniais. Confesso que cada momento que essa velha indecente aparecia no livro, eu tinha vontade de distribuir alguns socos de graça em toda sua cara empapuçada. É claro que o próprio destino e a força de vontade de Sofia deram um jeito em sua petulância, mas ela merecia o pior dos finais possíveis. Afff... (Chega de falar dela, que eu fico mais brava ainda)

“Ah, e o Ian tem uma tia que anda fazendo da minha vida um verdadeiro inferno. Imagine uma Lady Catherine de Bourgh, só que cheia de pelancas e duas vezes mais venenosa. Pois é”.

     O tão esperado dia do casamento chega e não poderia ser mais inusitado, afinal quase não houve casamento!! Sofia ainda estava sob influência do desconhecimento de muitos costumes da época, e isso poderia arruinar tudo, somado a todas as circunstâncias. A cada dia, a cada instante, um deslize dela era somado à pilha de confusões, que só crescia. Se Sofia achou que casar era o mais difícil, ela não sabia o que a vida havia lhe reservado para o seu “felizes para sempre”. Para começar, havia algo estranho acontecendo, em sua casa e também na vila e ela percebe que todos sabem, exceto ela mesma, e depois de muito desconfiar, acaba se convencendo que a sua inadequação era motivo de vergonha para todos, principalmente para Ian e Elisa, e que depois de tantos gastos com o casamento, a família estava com dificuldades, e seu marido era incapaz de dividir com ela.



“- Nada de “mas”. Ela é sua, Sofia, assim como tudo que está sob este teto. Foi assim desde que entrou aqui pela primeira vez. Tudo esperava para ser reclamado por você. Inclusive eu”

     Na tentativa de salvar o futuro financeiro de sua família, Sofia decide ampliar sua produção de um creme condicionador para os cabelos, e negociar com o dono da botica, já que todas as damas almejavam seu produto e despencavam até sua casa para encomendar e comprar cada vez mais... sempre em nome da beleza. Sua impulsividade acaba fazendo com que Sofia “esqueça” que naquele século em que vive o homem é que sustenta a casa, e quando percebe que suas atitudes vão humilhar e magoar Ian, já é tarde demais.
     Entre altos e baixos, amor e tristezas, Sofia sente falta de Nina, sua melhor amiga. Justo agora que ela precisa de alguém do seu lado, para lhe abraçar e dizer que tudo vai ficar bem, e que, mesmo fazendo tudo errado, Ian a ama. Em meio a tanto desespero, existe mesmo uma luz? Onde está sua “fada madrinha”?



“- Sabe bem que para mim é sempre um prazer lhe ser útil”

     Bom pessoal, não posso dizer que o livro foi feliz o tempo todo, como em um conto de fadas. Sofia se enrola em seus próprios deslizes de uma tal maneira, que se a história fosse em algum lugar frio eu diria que a bola de neve provocou uma imensa avalanche. As diferenças, que deveriam somar às qualidades dos casais, acaba colocando os ideais de Sofia e Ian literalmente “para brigar”, tudo por conta de um pequeno detalhe resumido em 2 séculos de diferença: o tempo. Para ela tudo mudou, não existe mais a submissão feminina ao sustento do homem e, como resultado de uma interpretação equivocada, Ian acha que é insuficiente para ela, e o “felizes para sempre” está, mais do que nunca, por um fio.


     Mas não me interpretem mal, eu amei o livro! Acho que esse lado “não conto de fadas” foi essencial para o crescimento e amadurecimento, não só de Sofia, que estava colhendo os frutos de sua escolha, mas também de todos os envolvidos na trama. O final do livro me surpreendeu de forma indescritível. Não quero contar muita coisa para não dar spoiler, mas tudo foi milimetricamente calculado, e só de lembrar meus olhos ainda ficam marejados. A conexão "passado e futuro" foi linda e surpreendente, afinal, quem não ia querer um futuro brilhante nascido de um final feliz?



     Uma observação mais do que importante... Ian está presente na minha lista de amores literários, obviamente! Adoro seu coração puro, sua dedicação ao amor e seu olhar futurístico para aquela época. Amo o fato dele confiar em Sofia e em sua intuição... ai ai... (suspirando)... melhor nem entrar em tantos detalhes...
     Bom pessoal, eu vou ficando por aqui... afinal acho que hoje eu exagerei um pouquinho, mas quem nunca né?? Espero que tenham gostado da resenha, das fotos e principalmente do próprio livro, quem teve a oportunidade de ler... quem ainda não pegou a Serie Perdida pra ler, não enrole como eu fiz, leia logo!! Não vale muito a pena adiar o inevitável... sim você vai se render!! haha... 

Beijo enorme.. e até a próxima!




Carina Rissi

Editora Verus – 2014
476 páginas
ISBN: 978-85-7686-318-2
Por: Izabela Elias



2 Comentários

  1. Como faço pra parar de babar nas fotos que vc tira??? *---* meus comentários vão ser sempre repetitivos, pois eu amo suas resenhas, amo o jeito que expõe o sentimento sobre o livro e tudo mais. Parabéns Iza, é sempre muito gostoso vir ao blog

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    1. Hahahaha... ai Suh só vc... obrigada sempreee!! Espero que eu continue melhorando a cada dia, tenho muito o que aprender ainda!! <3

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