Boa noite pessoal! Hoje eu vim falar um pouco com vocês sobre um livro que há algum tempo está listado entre os mais lidos e também entre os mais aguardados quanto à sua adaptação cinematográfica. Como Eu Era Antes de Você foi meu primeiro livro do mês de março e, mesmo com toda a correria eu consegui finalizá-lo e agora trouxe a resenha pra vocês..


“Ali, eu podia ouvir meus pensamentos. E quase ouvia meu coração batendo. Percebi, para minha surpresa, que gostava disso.”

     A grande maioria das histórias que eu ouvi e li durante toda a minha vida traz a grandiosa presença de um castelo. Contos de fadas, princesas, damas da corte inglesa e também grandes bruxos povoam os castelos mais fabulosos de todo o meu conhecimento e trazem histórias inesquecíveis. Este livro trouxe mais um castelo para minha lista de grandes e românticas construções, mas a história não é nada parecida com qualquer coisa que eu tenha lido. Carregada de originalidade e polêmica, a história de Louisa Clark e Will Traynor não é apenas uma história de amor no sentido romântico da palavra, e sim um amor de compaixão e querer bem, de dedicação e persistência, de orgulho e fé...  

     Depois de perder seu emprego no café The Buttered Bun, que era um dos únicos que ofereciam serviços aos turistas que iam visitar o castelo de Stortfold, Louisa tenta desesperadamente encontrar outro trabalho com a ajuda de uma agência, porém nenhuma das opções parece dar certo. Mesmo não sendo nada ambiciosa e não almejando nada que fizesse sua vida profissional tomar um rumo, Lou entendia a necessidade de conseguir um novo emprego para que pudesse ajudar nas despesas de casa. Sua irmã, Treen tinha resolvido voltar aos estudos depois de ter trancado a faculdade ao engravidar de Thomas, e agora ela iria ser praticamente a única a sustentar todos naquela casa. Depois de inúmeras tentativas, Lou decide arriscar-se com algo totalmente novo ao aceitar o serviço de cuidadora de um jovem tetraplégico que morava do outro lado do castelo.


“Dizem que só é possível se admirar um jardim depois de certa idade, e acho que existe alguma verdade nisso. Provavelmente tem algo a ver com o grande ciclo da vida.”

     Will Traynor é o jovem que receberia os cuidados de Lou. Ele tem 35 anos e sua deficiência trazia grande limitação de movimentos, mas uma coisa que ele ainda conseguia fazer bem era ser irônico e mal humorado. Os primeiros dias de convivência com Lou foram difíceis e ela estava totalmente certa de que ele apenas a suportava. Independente disso, Lou se dedicou a realizar todos os afazeres que aprendera com Nathan, o enfermeiro que participava dos cuidados de Will, e fazia de tudo para manter tudo em ordem. Como sempre tivemos prova de que o tempo conserta quase todas as coisas, o relacionamento de Will e Lou foi ficando cada vez melhor. Eles construíram um jeito próprio deles, carregado de orgulho e sarcasmo, mas que fazia com que os dias tivessem mais sentido e ficassem mais leves. Lou aprendeu a assistir filmes legendados e Will criou coragem de sair um pouco mais de casa. E quando tudo parece estar se encaixando, Lou ouve uma conversa que pode mudar tudo para ela...


“Senti a música como se fosse algo físico que não entrava só pelos meus ouvidos, mas fluía dentro de mim, me cercava, fazia meus sentidos vibrarem."

     Pensem comigo: você é uma pessoa muito bem sucedida, com um emprego dos seus sonhos, uma vida toda pela frente, repleta de aventuras, viagens planejadas com dias de surf em ondas gigantes ou esquiando as maiores e mais frias montanhas... você ama viver, ama ver a vida em movimento, cheia de paixão... e de repente acontece um acidente que tira de você 95% dos seus movimentos corporais e o que lhe resta são pequenos esboços de atividade muscular e infinitas descompensações fisiológicas, dores insuportáveis e episódios de hospitalização recorrente. O que você faria?? Até quando você suportaria viver assim??

     Esta é uma das principais discussões do livro e que eu vou deixar um pouco pra vocês lerem e tirarem suas próprias conclusões...

Comentários



     Como eu disse no começo, achei a história muito original, pelo menos tendo como base os livros que já li na vida, não tinha nada muito parecido com este roteiro e esse foi um dos pontos mais altos da leitura. A construção dos personagens foi feita com muita delicadeza e objetividade, principalmente em diferenciar uns dos outros: cada um tem sua personalidade única e exclusiva, não existem personagens similares; cada um traz um perfil e uma linha de pensamento diferente. A Lou é cheia de vida e cor, mas ao mesmo tempo sem perspectivas de futuro, sem anseios e sonhos. Will é o oposto, é o resquício do homem cheio de vida que ele foi um dia. A família de Lou me lembra aquelas casas de aspecto “cortiço”, que apenas um sustenta e os outros vivem amontoados e causando mil transtornos, como no filme Joy, mas de um jeito um pouco mais controlado. Patrick, namorado de Lou, é um típico babaca egoísta viciado em exercícios físicos e assim sucessivamente...


"Gostava da espécie de taquigrafia em que mergulhávamos quando ninguém estava por perto, da intimidade fácil que surgiu entre nós."

     Com relação ao tema que move a história como um todo, levando em consideração meu esforço tremendo para evitar spoilers, eu creio que é uma abordagem um tanto quanto rara e também polêmica. Rara no sentido de que eu sei que muitas pessoas nunca tinham ouvido falar deste assunto, e polêmica, pois é uma questão que mescla aspectos políticos e religiosos. Muitos se abalaram com o tema, outros ficaram receosos ou até mesmo inconformados, mas quando eu li, não senti que meus sentimentos fizeram muito alarde. Não sei se é pelo fato de eu já conhecer esse assunto, ou por ser levemente a favor disso, mas não fiquei muito impressionada com tudo.

     Independente de qualquer opinião (e eu respeito profundamente TODAS as opiniões), eu gostei muito de ver o esforço e a vontade da Lou de viver pela vida de Will... mas amei com uma intensidade gigantesca o fato de que o Will foi um dos personagens mais sólidos que eu já li na vida, única e exclusivamente pelo fato de se manter fiel à sua opinião e à sua vontade em um momento em que era praticamente obrigado a viver, ou melhor, sobreviver de acordo com as vontades dos outros.  



     Olha, foi difícil não contar nada relevante e, se eu deixei transparecer é por que eu ainda tenho muito o que aprender! Mas, ainda assim, aos que ainda não leram, eu espero ter plantado uma sementinha de curiosidade no coração de vocês... e aos que já se entregaram a essa leitura, comentem comigo o que vocês acharam! Sim, vamos conversar... quero saber a opinião de vocês!!

     Ah!! Já ia me esquecendo!! Como muitos já sabem e eu mesma comentei lá no comecinho do post, o livro vai ganhar uma adaptação cinematográfica que promete muitos suspiros e lágrimas!! Nosso Will será interpretado por Sam Claflin (de Simplesmente Acontece) e a atriz Emilia Clarke (Game of Thrones) vai dar cor à personagem Lou... o filme tem previsão de estreia para o dia 16 de junho no Brasil! Ansiosos ou sim??? Agora fiquem com o trailer do filme... e até o próximo post!





Como Eu Era Antes de Você
Jojo Moyes
Editora Intrínseca
320 páginas
ISBN 978-85-8057-329-9
Por Izabela Elias


4 Comentários

  1. Fotos "simples" kkkkk ate na simplicidade vc consegue arrasar. Sem duvida, se eu não tivesse lido, ja estaria começando o livro AGORA. Parabens mais uma vez pelos seus comentários e sua resenha super bem escrita 👏👏👏👏

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    1. Ahhh Suh eu estava meio sem criatividade... as coisas que eu queria para a foto eu não achei para comprar 😭 mas gostei da simplicidade hahaha.. obrigada por tudo... ♡

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  2. Amei as fotos e os coments...e, mesmo sendo suspeita, já sabia que como seria sua reação ao tipo de abordagem tratado pela autora. Vc sempre foi aquela que "resgata" quem precisa de uma ajudazinha para seguir o caminho...então, acho que não poderia ser diferente...rsrs...farei mais comentários quando vc deixar o livro aqui pra mim!! Congrats!!!

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    1. Hahaha obrigada, mãe... o tema não é fácil e as decisões muito menos... mas senti que tudo se encaminhou do melhor jeito que poderia acontecer... semana que vem eu trago ele pra casa.. ❤

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