Vem chegando o fim de 2015, muita
gente de férias, e aproveitando o tempinho “atoa” pra colocar as leituras em
dia. Tem coisa melhor?? Acho que só um cafezinho ou cappuccino quentinho pra
deixar mais perfeito. Na minha lista de livros para o final do ano estava O
Último dos Canalhas, da série de romances de época da autora Loretta Chase... e
eu vou contar um pouquinho pra vocês...
"Percebeu mais do que isso: o brilho de fogo do inferno nas profundezas verdes dos olhos, a inclinação arrogante do nariz, as linhas rígidas do malar e maxilar... e a própria boca do demônio, prometendo tudo, perfeita para gargalhadas, para o pecado, o que fosse"
Bom, quando li O Príncipe dos
Canalhas (resenha completa no instagram @cademeulivro) eu percebi que a autora
gosta de histórias que envolvem muitos acontecimentos englobando todos os
personagens da trama. E desta vez não foi diferente. Como foco principal, temos
a história de Lydia Grenville, uma mulher de personalidade forte, independente,
que trabalha para uma revista de folhetim e jornal muito famoso na cidade de
Londres, a Argus. Totalmente destemida, Lydia não tem medo de correr atrás de
seus ideais. Desde muito jovem teve que lidar com situações abusivas contra as
mulheres e depois de conquistar seu espaço na Argus, ela investiga casos de
prostituição de menores e outros problemas sociais, como o mau comportamento de
muitos duques e outros membros da coroa inglesa. Em uma de suas tardes
investigativas, Lydia flagra uma tentativa de sequestro de uma garota que havia
acabado de chegar à cidade e, sem pensar duas vezes, corre para tentar
salvá-la. É neste momento que surge em sua vida um duque, o famoso duque de
Ainswood, Vere Mallory, cheio de conversa fiada que vai tentar apartar a briga
em que ela se meteu, mas acaba se dando mal ao ser nocauteado por Lydia e vira
piada de toda a sociedade.
"No mundo real, adulto, era mais fácil encontrar unicórnios do que príncipes encantados"
Como todo homem que “apanha”,
Vere tem seu orgulho ferido e decide não medir esforços para se vingar da
jornalista e acaba se metendo em todas as suas investigações e desmascarando
todos os seus disfarces. A proximidade dos dois acaba sendo conveniente para
Lydia, que aproveita da situação para continuar desvendando os mistérios da
sociedade inglesa, só que agora com um homem muito charmoso, porém devasso, ao
seu lado.
A jornalista não está interessada
em nenhum tipo de romance, muito menos com este duque que não faz questão de
manter sua imagem, mas a sede de vingança que ronda os dois é tão palpável
quanto à atração física a ponto de fazer com que uma simples aposta resulte em
um possível casamento e descobertas que vão mudar o sentido da vida de Lydia e
de Vere.
"Essa era a sua vocação, lembrou a si mesma. Era por isso que Deus a havia criado forte, inteligente e destemida. Não era brinquedo de homem nenhum. E certamente não arriscaria todas as coisas pelas quais batalhara só porque um príncipe encantado palerma tinha provocado um furor em seu coração turbulento"
Mesmo sendo tão orgulhosos,
pretensiosos e cheios de um “fogo que vem de dentro”, ambos vivem à sombra de
um passado de perdas e mortes que foram essenciais na construção de suas
personalidades. Juntos eles terão que superar os medos se quiserem resolver
todos os problemas que assolam suas vidas.
Achei a trama bem interessante. Adoro
histórias que abortam temas relevantes à sociedade, como a prostituição e o
abuso de menores, e, ainda mais por ser um romance de época, gostei muito de
ler sobre a imposição da figura feminina na resolução dos problemas sociais de
uma cidade referência para a época, e que está à beira de uma revolução.
"O amor precisara pegá-lo desprevenido. Fora o que Lydia fizera diversas vezes. Furtiva, ardilosa, recusando-se a jogar segundo as regras. Era assim que o amor funcionava. E ele estava explodindo de felicidade"
Em paralelo, adorei matar a saudade do Lord Belzebu e também de ver a vida do irmão da Jessica tomar um rumo perfeitamente adequado, já que as condições em que ele se encontrava não eram das melhores.
Confesso que não foi uma leitura
muito fluida e que gostei mais de O Príncipe dos Canalhas. Senti falta de algum
“tempero especial” que eu não consegui identificar o que é... talvez uma
devoção e um romance mais amoroso e dedicado... não sei. No geral, fica acima da média, mas ainda não decidi se Vere Mallory entra pra lista dos meus amores literários...
Espero que tenham gostado!! Creio que esta é a ultima resenha do ano de 2015 e eu só tenho a agradecer todos vocês por estarem presente mais um ano na vida do blog!!! Que 2016 comece com muita luz e siga trazendo muita felicidade a todos vocês!! Ah, e muitos livros, é claro!!
Espero que tenham gostado!! Creio que esta é a ultima resenha do ano de 2015 e eu só tenho a agradecer todos vocês por estarem presente mais um ano na vida do blog!!! Que 2016 comece com muita luz e siga trazendo muita felicidade a todos vocês!! Ah, e muitos livros, é claro!!
Feliz Ano Novo...
O Último dos Canalhas (The Last
Hellion)
Loretta Chase (primeira edição de
1998)
Editora Arqueiro – 2015
304 páginas
ISBN: 978-85-8041-475-2
Por: Izabela Elias