Olá pessoal!! Tudo bem com vocês?? Espero que sim... e espero também que estejam em ótimas condições por que a resenha de hoje é trash!!! Tanto quanto o livro... então, vamos lá!!



“Nunca entendi como as pessoas podem negligenciar com tanta frieza os danos que causam ao seguir o que manda o coração. Quem foi que disse que fazer o que manda o coração é uma coisa boa?" 

     Em algum momento da vida você já parou pra pensar em quantas pessoas morrem por ano nas linhas de trens?? Na Inglaterra, cerca de trezentas mortes por ano são registradas, o que faz com que esse fato não seja muito incomum. Mas, ainda assim, quantas pessoas será que são capazes de, do interior de um trem ver algo suspeito durante seu trajeto e ser a única prova viva do desaparecimento de outra pessoa que, por sinal, está fora deste mesmo trem? Muito bem, eis o nó existente na cabeça dos leitores de “A Garota no Trem”.

     Rachel é uma mulher diferente do que era há três anos. Sua vida sempre foi controlada e feliz ao lado de seu marido Tom. Mas hoje tudo está completamente mudado e fora do lugar. Tom está casado com Anna, eles têm uma linda filha e sofrem diariamente com a interferência de Rachel em suas vidas. Enquanto isso, como se tentasse recomeçar a cada dia, Rachel embarca todas as manhãs no trem das 8h04 de Ashbury para Londres e olhando pela janela cria um mundo totalmente ilusório paralelo a sua realidade turbulenta. Cada objeto inanimado ganha um motivo para estar onde está, seja um copo plástico, uma garrafa de vinho ou um monte de roupas abandonadas. A cada página é revelado um pouco mais das mazelas de sua imaginação e logo conhecemos “Jess e Jason”, um casal perfeito que vive na casa número 15 e na mente de Rachel. Nos momentos em que o trem para no sinal da estação de Witney, ela corre os olhos para a casa e fica observando aquele casal perfeito e imaginando como seria se ela ainda fosse esposa de Tom e morasse ali logo adiante na casa 23, onde costumava viver quando ainda era casada. Porém, como nada é real em sua vida, o que lhe resta é abrir mais uma garrafa de vinho e acolher a bebida como sua única amiga. A partir do momento em que Rachel começa a beber, suas atitudes já não são mais de uma pessoa sensata e aos poucos vamos descobrindo que tudo o que ela faz, seja ligar para seu ex-marido ou correr pelada na rua, ela será incapaz de se lembrar depois.


“... ter um apagão não era simplesmente questão de esquecer o que havia acontecido, mas de não ter qualquer lembrança que pudesse ser esquecida.”

     Em paralelo, temos a verdadeira história do casal da casa número 15: Megan e Scott. Eles são casados já há algum tempo, porém a desconfiança acaba superando o amor na relação dos dois. Assombrada por um passado desconhecido por todos, Megan vive dia após dia espantando seus fantasmas e tentando trazer pra sua vida um pouco mais de atividade, já que teve que abandonar seu emprego na galeria de artes que tanto amava e agora passa a maioria do tempo lamentando o peso do tédio e de sua inutilidade. Por outro lado, Scott trabalha como técnico em informática e vive literalmente stalkeando a vida de sua esposa em busca de um deslize de personalidade, mas quando Megan decide fazer terapia, ele a apoia e a incentiva sem nunca imaginar que seus dias de felicidade estariam contados.


“Estou interessada, pela primeira vez em muito tempo, em algo que não seja minha própria desgraça. Tenho um objetivo. Ou, pelo menos, tenho uma distração.”

     Os caminhos de Rachel e do casal supostamente perfeito da casa número 15 se cruzam em um sábado à noite quando ela decide ir até lá contar sobre uma cena que ela havia presenciado pela janela do trem. Porém, depois de tanta bebida, aquela noite do dia 13 de agosto de 2013 foi simplesmente abduzida da vida de Rachel. A única coisa que ela se lembra é de ter bebido muito, de ter tropeçado nos degraus da estação, de ser socorrida por um homem ruivo e de ter chegado em casa fedendo e toda ensanguentada. O dia passa e quanto mais ela tenta se lembrar, mais confusa fica. E o problema maior surge no momento em que ela olha o jornal e descobre que Megan, a sua Jess, a mulher mais feliz do mundo está desaparecida desde aquela noite em que ela esteve lá, mas que não passa de um borrão em sua memória.

     É a partir deste momento que começam as apostas. O que aconteceu com Megan? Onde ela foi parar? Quem a sequestrou? Ela fugiu? O que Rachel realmente fez naquele sábado à noite? Por que Rachel estava toda ensanguentada? Como ela chegou em casa?


“Não sou mais só uma garota no trem, indo e vindo sem motivo ou propósito.”

     Meu bom Deus, que leitura aterrorizante e angustiante. Não conseguia parar de ler! Tinha medo de fazer uma pausa e a resposta para todo aquele mistério estar no parágrafo seguinte. A história começa de um jeito muito superficial, como se a personagem estivesse começando a contar um fato simples para um estranho qualquer na rua, mas ao longo das páginas ela vai preenchendo as lacunas e sustentando a história como um todo, de forma muito construtiva. No começo achei que ela era apenas uma garota sonhadora e até me identifiquei com ela, mas com o passar do tempo eu comecei a perceber que eu sou bem normal perto de Rachel. Ela vive uma vida facilmente comparável com um “Se Beber Não Case” totalmente macabro, e a cada dia que ela voltava a beber eu queria mergulhar nas páginas e dar uns tapas nela! Por outro lado, Megan é uma personagem que foi construída bem detalhadamente, com transtornos psicológicos que são reflexo de uma vida totalmente desregrada e suja, que deixou rastros quase que imperceptíveis e que vão poder auxiliar na busca pelo seu desaparecimento. No final de tudo eu já estava imaginando um programa inteiro do “Casos de família” só com os acontecimentos deste livro... os temas seriam “Não aguento mais a ex-mulher de meu marido”, “Virei alcoólatra e meu marido me trocou por outra”, “Não consigo confiar na minha esposa”.. e assim sucessivamente...

     Eu ganhei esse livro da minha amiga Suh (Instagram @ndakota_s) de Natal e então combinamos de ler juntas. Eu não sou muito de mistérios por que como vocês sabem eu sou a personificação do medo, mas este eu não resisti. Fiquei com vontade de ler depois que soube que era um Thriller Psicológico ao estilo Garota Exemplar, então resolvi sair do comodismo romântico e me aventurar... e nada como ler um livro desses com uma pessoa que adora mistérios! Foi muito bom ler com ela, e durante a leitura tivemos (ela teve, e não eu, óbvio) os melhores e mais diversos palpites... mas independente do que pensamos, a leitura nos prendia e surpreendia a cada página. Acho que logo logo estarei pronta pra mais um mistério desses, Suh!! #MeAguarde ... por enquanto, eu apenas recomendo que leiam este livro! Por que é muito bom, vale a pena!!


     Por enquanto é isso pessoal!!! Agora é só aguardar a adaptação para o cinema que está previsto para o final deste ano ainda... o duro é controlar a ansiedade!! Espero que tenham gostado!! Deixem nos comentários o que vocês acharam desta leitura...

Beijos e até a próxima!!



A Garota no Trem (The Girl on the Train)
Paula Hawkins
Editora Record
378 páginas
ISBN: 978-85-01-10465-6
Por: Izabela Elias


     Olá pessoal!! Já vou começar este post pedindo desculpas!! No dia 24 de janeiro eu fui assistir Joy e eu simplesmente esqueci de passar aqui pra contar para vocês como foi!! Então estou me redimindo com urgência... pois, além de Joy, eu também assisti Spotligh (ontem) e logo logo eu também vou deixar alguns comentários por aqui...


     Estrelado pelo mesmo cast e mesmo diretor de "O Lado Bom da Vida" e também de "American Hustle", Jennifer Lawrence, Robert De Niro e Bradley Cooper, o fime conta a história de Joy Mangano, uma mulher extremamente criativa e cheia de sonhos que, ao invés de ingressar na faculdade e seguir uma carreira brilhante, abandonou seus planos para ficar ao lado de sua mãe que sofria amargamente as consequências dramáticas da separação de seu pai. Toda esta abdicação de seu futuro resultou em uma mãe solteira, cheia de dívidas e que tinha que sustentar sozinha uma casa em que vivia sua mãe, sua avó, filhos e o ex marido. 




     Mesmo passando noites acordadas trabalhando, ou afogada em meio a tantos problemas, a alma inventora de Joy não a abandonava. Certo dia, uma situação desagradável no iate da nova namorada de seu pai fez com que Joy tivesse uma nova ideia. Com total apoio de sua avó e sua filha, Joy projeta um esfregão com material ultra resistente, com milhares de fios de algodão trançados à mão, e que prometia limpar uma grande área com menor esforço, já que não era preciso usar as mãos para enxaguar e torcer o esfregão. Disposta a fazer desta invenção sua melhor e maior alternativa para sair das dívidas, Joy luta com todas as forças para promover e vender seu novo produto...

  


     Em uma dessas tentativas, Joy conhece o empresário Neil Walker que lhe da uma chance de apresentar sua criação em seu programa de vendas pela televisão. Para isso, Joy precisa produzir uma quantia exorbitante de esfregões a preço de custo e enviar para a emissora, para que fossem vendidos durante a divulgação. Porém as coisas não saem como Joy e Neil esperavam, e o que prometia lucros gerou mais dívidas e dramas familiares.

     Eu quis muito assistir ao filme por que eu adoro a Jen e queria ter um motivo a mais para torcer pela sua premiação no Oscar 2016. Esta foi a quarta indicação da atriz ao prêmio e, comparando com a atuação no filme que a fez vencedora, seu papel em Joy foi muito mais intenso e digno de premiação. A personagem Joy é uma mulher guerreira, batalhadora e muito obstinada, mesmo que seja em função de sua própria "novela dramática da vida real". Jen representou Joy de maneira brilhante e muito intensa, e com certeza conseguiu fazer com que todos enxergassem a importância de lutar com fé e determinação pelos objetivos, independente do grau de dificuldade que fosse exigido.

     Quando eu falo em "drama familiar" é por que foi exatamente essa ideia de "novela" que o filme passa. Logo na primeira cena é apresentado um fragmento de uma novela da época que a mãe de Joy acompanhava, e instintivamente eu fiz esta associação: a mãe solteira, trabalhadora, endividada até o pescoço e que ainda tinha obrigação de sustentar todos os agregados de sua família, inclusive seu ex marido, era a nossa atriz principal. E por falar em ex marido, eu tenho que destacar que ele foi o melhor amigo de Joy... foi praticamente o único que esteve ao seu lado. A vida é assim não é mesmo?? As vezes não conseguimos ter um relacionamento amoroso com alguém, mas ele pode muito bem ser nosso melhor amigo... (só que não, hahaha).. pois é, só em novela isso!



     Então, para concluir... eu gostei do filme na medida certa: nem amei de paixão, nem deixei de gostar.... Achei que o Bradley poderia ter aparecido mais, por que... né? Mas valeu a pena assistir pela atuação da Jen, que foi muito boa.. e vou torcer para que ela leve mais um prêmio pra sua coleção, que é a cara da riqueza!

     Espero que tenham gostado... logo logo eu posto os comentários sobre Spotlight, que são mais intensos que os de Joy.. e também prometo fazer um resumo geral sobre as indicações ao Oscar 2016... lembrando que, para a alegria geral de todos, segunda feira tem Grammy Awards!! Fiquem então com o trailer de Joy... e até a próxima, pessoal!!



     We are Carnaval? We are folia? 
     Bom, acho que este ano não foi bem assim! A única vantagem foi o feriado em si, que Graças a Deus eu consegui colocar mais uma leitura em dia. Comecei a ler ‘As Luzes de Setembro’ por volta do dia 18 de janeiro, logo antes de voltar a trabalhar e enfrentar toda aquela loucura do dia a dia... e só consegui finalizá-lo hoje, há poucos minutos atrás, portanto agora eu vou contar um pouquinho desse mistério de sombra e luz pra vocês...


“Num mundo de luz e sombras, todos nós, cada um de nós precisa encontrar seu próprio caminho.”

     O inverno de 1936 chegou levando toda a boa esperança de vida dos Sauvelle, e junto com ela, a alma de um grande pai de família. Irene e Dorian, juntamente com sua mãe, Simone, têm que enfrentar a miséria e todas as suas consequentes dificuldades de se tornarem órfãos para permanecerem vivos em uma cidade que só fazia enaltecer a pobreza dos mais necessitados. Paris já não podia ser chamado de lar por esta família. Então, em certa manhã, Simone recebe uma proposta de emprego em uma cidadezinha no litoral da Normândia e, na expectativa de abandonar um passado e uma vida de sofrimento, muda com seus filhos em busca de uma nova chance.


“Colocou nas minhas mãos um futuro que eu não me atrevia nem a sonhar. Um futuro. Até então, nem sabia o que era isso. E ele me deu um futuro de presente. E só pediu uma coisa em troca.”

     O trabalho oferecido a Simone era de governanta na mansão de Cravenmoore, e seus serviços eram destinados ao grande engenheiro e dono da fábrica de brinquedos Lazarus Jann e sua esposa que há muito tempo vivia na cama, vítima de uma doença degenerativa. Enquanto Simone se familiarizava com o trabalho e se acostumava com todos os bonecos autômatos projetados por Lazarus, Irene tentava fazer amigos que pudessem lhe proporcionar alguns momentos de felicidade. Hannah, sua primeira amiga, era uma menina de coração enorme, mas sua amabilidade e animação tinham a mesma proporção e intensidade de seu talento em fofocar e atualizar a todos, e agora também Irene, sobre os mais recentes acontecimentos da cidade. Em meio a tantas informações, Hannah apresenta à nova amiga seu primo Ismael, um garoto não muito mais velho que ela, mas com feições destacadas pelo desgaste do sol e do mar, que podemos chamar de traços adquiridos da paixão e dedicação ao seu barco à vela e sua profissão de pescador. Irene se encanta com o barco e toda a adrenalina do vento batendo em seu rosto, mas os mistérios que Ismael promete lhe contar despertam na garota uma felicidade e um sorriso bobo que há tempos sua mãe não via. Juntos, Irene e Ismael percorreram o litoral e começaram a nutrir uma paixão que ia além dos mistérios que a região guardava.



“Espero que antes de me julgar e condenar, possa realmente escutar a minha história. Serei breve. As boas histórias precisam de poucas palavras...”

     Os dias se passaram e cada vez mais os Sauvelle se sentiam em casa. Finalmente encontraram um lugar que pudessem chamar de lar. E então, do dia para a noite, todos os momentos felizes, de tranquilidade e amor, foram substituídos por um sentimento apavorante e fantasmagórico vindo de crime que ocorreu no meio de uma noite de tempestade. Algo estranho rondava o bosque de Cravenmoore e Ismael não descansaria até descobrir o que e quem assombrava a vida dos moradores da vila. E é claro que Irene não deixaria seu novo amor enfrentar esta fúria de sombras sozinho.

     Como sempre os livros do Zafón me impressionam. É aquele tipo de leitura impossível de prever os fatos. Em um romance, por exemplo, podemos pensar, na maioria das vezes, que “não importa quantas vezes os personagens se separam, eles ficarão juntos no final”. E isso não acontece nos livros do Zafón. Não dá para imaginar o que vai acontecer e muito menos o que um fato narrado tem a ver com o outro. E é isso, juntamente com sua riqueza de detalhes e adjetivos vibrantes que me encantam em sua escrita.

     A história de Ismael e Irene me trouxe lembranças de Marina, um outro livro incrível, também escrito por Zafón. A lembrança foi principalmente pela presença dos autômatos medonhos, que também estão presentes na série ‘As Peças Infernais’ da autora Cassandra Clare, que tem meu amor incondicional desde janeiro do ano passado. Algumas outras passagens me fizeram recordar Peter Pan e Alice no País das Maravilhas, e isso me deixou muito nostálgica e maravilhada.


"Assim que ultrapassaram a soleira da porta, os três se viram mergulhados num mundo fantástico que ia muito além do que três imaginações juntas conseguiriam conceber"

     A construção dos personagens foi milimetricamente bem executada, principalmente de Lazarus. Sua história de vida, banhada em sofrimento e magia alimentaram sua sombra de trevas, e estas se destacavam de maneira totalmente oposta a sua verdadeira personalidade, que era repleta de amor e vontade de viver. Irene, mesmo sendo uma garota de quase 15 anos, se tornava uma forte mulher a cada dia, e o relato deste amadurecimento foi refletido em algumas atitudes e pensamentos de Dorian, seu irmão mais novo, que também amadurecia e sentia a responsabilidade em ser o novo homem da casa. Estas foram as características que mais me chamaram a atenção.


    Fazia uns dois anos que eu não lia nada deste autor, e um dos motivos foi que este era o último livro que eu tinha para ler dele. Estava com medo da despedida. Não queria que acabasse. Claro que tenho a intenção de reler todos eles em algum momento da vida, mas aquele frio na barriga provocado pelo “elemento surpresa” do texto acaba perdendo a força... porém, a forma de escrever com frases curtas e o emprego de palavras que são consideradas a assinatura do autor no texto, como ‘fantasmagórico’ e ‘penumbra’, sempre me farão voltar...

     Espero que tenham gostado da resenha!! Sei que não é muito comum eu me arriscar com mistérios, mas pelo Zafón vale a pena. Quem nunca leu nada do autor, eu recomendo a trilogia A Sombra do Vento... e já confesso que foi um dos melhores livros que já li (e reli) na vida...

... beijos e até a próxima!



As Luzes de Setembro (Las Luces de Septiembre)
Carlos Ruiz Zafón
Editora Objetiva – Suma de Letras
232 páginas
ISBN: 978-85-8105-192-5
Por: Izabela Elias


     Boa noite, pessoal! Hoje eu vim postar para vocês um texto que há muito tempo eu escrevi mas nunca publiquei e acabei esquecendo que tinha ele no meio dos meus documentos. Então como faltam alguns capítulos para finalizar minha leitura atual e publicar a resenha, eu decidi resgatar este texto e mostrar para vocês... espero que gostem!



     No mês de outubro de 2015 eu li, em parceria com a Editora Novo Conceito, o livro Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor, ja escritora Sarah Butler, e assim que finalizei a leitura, publiquei a resenha no instagram, já que eu ainda não tinha oficializado a página do Blog...

     Londres. Uma das cidades mais lindas do mundo é também palco da história de muita gente. Vidas lá começam, têm emoção e também podem se acabar. Alice é  uma das pessoas que era sufocada pela cidade, não se sentia em casa, muito menos em sua própria casa ao lado de seus familiares. Sua vida sempre foi programada para fugir de tudo que te prendia e hoje a indiferença das irmãs, a culpa que sente pela morte de sua mãe e o adoecimento de seu pai são fatos que ressaltam os traços de todas verdades nunca ditas e que poderiam mudar sua vida. Ali bem perto dela, Daniel caminha e se recorda de uma vida difícil, cheia de frustrações e desesperanças, e aguarda o momento certo de encontrar um pedaço seu que há muito tempo lhe foi tirado. Para ele a vida tem cor: azul cobalto, verde esmeralda, dourado e marrom, alaranjado, azul celeste e cinza, e são essas cores e seus significados mais profundos que o guiarão em sua última esperança, encontrar sua filha. Os passos de Alice e Daniel se cruzam em detalhes pequenos, pedaços de vidro, castanhas, linhas de algodão e listas intermináveis de 10 coisas que valem a pena serem listadas.

     Talvez algumas mentiras estão tão misturadas com a verdade em nossas vidas, que nem sabemos distingui-las. Parece muito mais fácil viver, ou melhor, conviver com elas do que se perder em verdades. “É mais fácil destruir uma coisa do que fazê-la” é uma das frases que mais destaca a essência desta leitura.

     Os capítulos são alternados entre os personagens e iniciados com listas de 10 fatos importantes sobre eles mesmos. Confesso que achei a leitura confusa no começo, já que a escrita é apresentada de forma diferente por cada personagem, e também cansativa por ter tão poucos diálogos. Além disso eu esperei que o final fosse mais acolhedor e tivesse realmente uma conclusão e não que tivesse sido da maneira que foi. Única coisa que posso dizer é que a história trouxe uma lição de vida preciosa: que o amor está presente onde menos esperamos, basta parar para olhar.


     ... e mesmo não sendo um livro que foi para a lista dos melhores que eu já li na vida, eu tive uma vontade incontrolável de fazer a minha lista de dez coisas... as dez coisas que eu aprendi sobre o amor... então este post é para isso!! Seria uma TAG?? Não sei... pode ser que sim!! 


TAG Dez coisas que EU aprendi sobre o amor


1. Amar a Deus sobre todas as coisas

Foi o que eu aprendi desde muito nova e levo comigo sempre

2. De pai e mãe é incondicional

Eles são sempre os melhores amigos, o melhor colo, o melhor abraço, o melhor cafuné... amor de pai e mãe é incomparável e insubstituível

3. É um verbo

Como já dizia John Mayer...



4. É fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente...

Usei esta frase do poema de Luís de Camões para mostrar meu amor pela leitura, pela poesia, pelas peças teatrais... é um amor que vale a pena, que se multiplica e que cria novas vidas, novos mundos e novas chances. Sejam clássicos, atuais, romances, mistérios... livros são amor e suas histórias são um pedaço da minha vida

5. Amizade é amor que nunca morre

Eu sou filha única e isso fez com que meus amigos fossem meus irmãos de coração... isso é amor!

6. Pode ser de quatro patas

Dispensa comentários!!



7. Está nas coisas mais simples, nos momentos mais inusitados, nas horas mais erradas e imperfeitas

Não dá pra escolher o momento de vivê-lo. O amor chega sem avisar e vai tomando conta de tudo, mesmo quando você luta contra seus efeitos e evita suas consequências. Por que ele é assim...

8. É fazer o bem sem pensar duas vezes

Já disse tudo. Fazer o bem engrandece a alma.

9. É cruzar estados, países, oceanos. Doar-se.

É ir atrás de seus sonhos. É sonhar com intensidade suficiente para te motivar a lutar por toda felicidade que lhe pertence. E não abrir mão dela, jamais!

10. Vale a pena viver de amor?

Eu resolvi finalizar com uma pergunta. Vale mesmo a pena viver de amor? Eu não sei, pois ainda não encontrei alguém que me fizesse querer viver de amor. Mas isto não quer dizer que eu não acredito neste amor, de almas gêmeas e "para sempre"... eu acredito sim! Sou assumidamente romântica... não tem como negar! Então, se um dia eu descobrir essa resposta, eu volto para contar pra vocês...


     Bom pessoal, esses foram meus motivos para amar... meu combustível para a vida... Deus, família, amigos, trabalho, música, livros e sonhos repletos de motivação! Agora eu quero saber o de vocês!! Quem quiser responder a TAG não esqueça de me contar nos comentários para que eu possa conferir... okay???

Muito boa noite... e até a próxima!!