Depois de conhecer o mundo intraterreno conectado ao sangue de Alyssa e de toda a magia envolvida na família Liddell em O Lado Mais Sombrio, foi a vez de mergulhar nas páginas de Atrás do Espelho. Neste livro conhecemos uma Alyssa vulnerável e difícil de lidar, totalmente confusa entre atender ao chamado da coroa do País das Maravilhas que estava em guerra e viver sua vida em paz na terra ao lado de Jeb. A indecisão da neta de Alice Liddell levou todos os leitores a fazerem suas apostas: Alyssa ficaria ao lado de Morfeu, seu amigo de infância e protetor, ou de Jeb, seu namorado?? #TeamMorfeu vs. #TeamJeb

     Independente de nossa escolha, ao final do segundo livro da série Splintered, nada estava resolvido. Jeb e Morfeu foram parar em Qualquer Outro Lugar, ou mais literalmente, o exílio do País das Maravilhas; a mãe de Alyssa foi arrastada de volta ao mundo intraterreno e a toca do coelho está destruída. Cabe a ela agora se unir ao seu pai para resgatá-los... e a espera pelo terceiro livro, depois de tanto sofrimento, chegou ao fim...


Sinopse

     Alyssa está tentando estrar novamente no País das Maravilhas. Os portais para o reino se fecharam, não sem antes levarem sua mãe. Jeb e Morfeu estão presos em Qualquer Outro Lugar, reino em que intraterrenos expulsos do País das Maravilhas estão vivendo. Para resgatá-los, ela precida recorrer à ajuda de seu pai. Juntos, eles iniciam uma missão quase impossível para tentar resgatar entes queridos, restaurar o equilíbrio dos reinos e o lugar dela como Rainha. Alyssa precisa lutar não só com a Rainha Vermelha, um epírito malicioso que tem a intenção de refazer o País das Maravilhas à própria imagem, mas também reconstruir seu relacionamento com Jeb, o mortal que ela ama, e Morfeu, o ser fantástico que também reivindica seu coração.

     E, se todos tiverem sucesso e saírem vivos, eles poderão finalmente ter o "felizes para sempre".


Comentários

     Olha, foi difícil não entrar em pânico com a espera deste terceiro livro. O final de Atrás do Espelho não foi apenas uma reticência deixada pela autora. Foi simplesmente um ato instigante!! Não conheço uma pessoa sequer, em sã consciência, que não morreria de curiosidade com aquele desfecho. E então fomos contemplados com o terceiro livro...

     Tudo começa exatamente onde parou: Alyssa planeja uma aventura praticamente sem volta para ela e seu pai, e juntos voam até o outro lado do oceano aos braços de uma borboleta para "darem um passeio" pelo trem da memória. Thomas, seu pai, precisa recuperar a memória que foi lhe tirada em troca de uma chance de viver, pois só assim seria capaz de ajudar na missão de resgate de Alyssa. Em outra cabine, a decisão de Alyssa de recordar as memórias da Rainha Vermelha pode lhe custar sua sanidade... e a do leitor também!



     Sobre a personagem, Alyssa está mais segura de seus objetivos de salvar aqueles que são tão importantes em sua vida, porém a confusão entre decidir qual caminho seu coração deve tomar percorre as páginas de todo livro. Seus cavaleiros, um mortal e outro fantástico, um alado e outro humano... seu Jeb e seu Morfeu...

     Uma coisa que eu gostei muito de ler e vale a pena destacar foi a interação desses dois cavaleiros. Personalidades diferentes mas que juntos se completam de uma tal maneira que preenche a vida de Alyssa. Tá ai a explicação de tanta dúvida! Até eu ficaria confusa em escolher entre um coração humano, cheio de honestidade, força e bondade, além de uma determinação imensurável... comparado a um habitante dos sonhos, mágico, irônico e manipulador, tudo isso com um toque de sagacidade e sexualidade. E o mais angustiante de tudo isso é saber que Qualquer Outro Lugar tem a capacidade de mudar aqueles que passam por ali... Alyssa precisa ter coragem pois não imagina como  os encontrará e muito menos como sairá de lá... será que vale a pena ter sua magia modificada ou suas forças exauridas para salvar aqueles que ama?  



     O próximo passo seria enfrentar a Vermelha. Este espectro de rainha que já trouxe tanta confusão e sofrimento pra vida de todas as Liddell agora quer retomar o País das Maravilhas da maneira mais macabra possível. Alyssa deve enfrentá-la e reivindicar seu trono e sua coroa e proteger o mundo intraterreno... só assim a paz poderá voltar a reinar e os mundos finalmente se equilibrarem.

     Foi muito difícil não roer as unhas. Os momentos de tensão foram triplicados neste livro e a ansiedade de uma resolução para tudo tomava conta dos meus sentimentos. Claro que devo destacar a presença daqueles elementos mega fantásticos e macabros que fazer nossa cabeça entrar em parafuso, e a mente se esticar aonde a memória e a imaginação nunca chegariam sozinhas, mas o grande destaque do livro foi a apreensão e a necessidade de resiliência. As coisas nunca mais serão as mesmas. A vida, tanto intraterrena quanto terrena, não serão iguais... mas modificadas a ponto de gerar uma nova possibilidade...



    Quanto ao desfecho... sempre criamos aquela expectativa enorme ao final de trilogias e séries. Aquele medo de não aprovar a decisão do autor... mas A. G. Howard é brilhante. Eu sempre amei a história original de Alice escrita por Lewis Carroll, mas esta autora de Splintered me encantou. Soube recriar de forma incrível uma história que já conhecíamos e fazer com que duvidássemos da realidade. Em alguns momentos eu cheguei a pensar que realmente existia uma família mestiça, que trouxe um pouco da magia intraterrena para a terra... e só um escritor de grande potencial consegue fazer isso com o leitor...

     Mais do que recomendada essa série... não deixem de ler se vocês quiserem experimentar tantas sensações em um único livro. Pra mim, este terceiro livro foi o melhor de todos da série e valeu a pena chegar até aqui... acho que vou sentir falta de Jeb e Alyssa.. ainda bem que uma mariposa vem me visitar de vez em quando... <3

     Espero que tenham gostado da resenha, e fiquem sempre a vontade para comentar tudo que quiserem.. e dar opiniões, interagindo de maneira geral, tá?? Beijos e até a próxima!!




Qualquer Outro Lugar (Ensnared)
A. G. Howard
Editora Novo Conceito - 2016
416 páginas
ISBN: 978-85-8163-830-0
Por Izabela Elias   


     Olá pessoal!! Tudo bem com vocês?? Hoje eu vim falar um pouquinho sobre a tão aguardada adaptação cinematográfica de "Como Eu Era Antes de Você" da autora Jojo Moyes, já pedindo desculpa para algumas pessoas que me cobraram os comentários, visto que eu assisti o filme dia 9 de junho.. então eu realmente estou devendo um post aqui pra vocês!! Então vamos lá...

Só para começarmos pela "ordem correta dos fatos", se você quiser conferir a resenha do livro, que eu postei aqui em março deste ano, clique AQUI 




     A tão aguardada estréia do filme estava prevista para o dia 16 de junho, mas como as redes de cinema do Brasil fizeram o imenso favor de adiantar a pré estréia, eu me vi obrigada a largar tudo que estava fazendo aquele dia e correr para o cinema. 

     O gatilho que me fez querer ler o livro foi o trailer da adaptação. Eu sempre gostei do Sam Claflin, em todos os papeis que ele interpretou (Finnick na saga Jogos Vorazes, Alex em Simplesmente Acontece, Príncipe William em Branca de Neve e o Caçador, Philip Swift em Piratas do Caribe, e até mesmo o pior papel, como Alistair Ryle em The Riot Club ele desempenhou com perfeição). Então li toda a história, fiquei muito comovida com o tema, porém muito satisfeita com o desfecho da história. Como disse na resenha, Will Traynor é um dos personagens mais intensos e fortes que eu já conheci no mundo mágico dos livros. E é claro que o filme foi lindo, de arrasar corações e transformar os olhos em trombas d'água... Para expressar minhas opiniões, vou fazer aquele famoso TOP 10 comentários sobre o filme, já anexando as prováveis comparações com o livro.



Comentários Especiais - TOP 10

1. A Adaptação

     Com certeza esta foi a opinião mais gritante ao final do filme. Sim! A adaptação ficou deslumbrantemente perfeita! As modificações foram na medida certa e os acontecimentos, mesmo que um pouco corridos, foram se desenvolvendo com a mesma fluidez do livro. É difícil dar o braço a torcer e dizer que um filme é melhor que o livro. Mas neste caso eu afirmo isso sem nem pensar duas vezes. Gostei muito dos dois, mas a adaptação cinematográfica me comoveu mais!


2. William Traynor

     Sam Claflin foi brilhante. Nada menos que isso. As caras e bocas, a rabugentice, o sarcasmo e principalmente a incorporação de um indivíduo tetraplégico foi impecável. As cenas que tinham objetivo de transmitir ao público qualquer tipo de sentimento foram interpretadas com o coração. Sam se entregou ao papel e o resultado não poderia ser ruim... nunca! Foi perfeito!!





3. Louisa Clark

     Eu tive uma ideia totalmente diferente sobre o que seria da personagem Lou sendo interpretada por Emilia Clark. Pensei que a personagem seria um pouco mais atrapalhada e mais sutil em expressar seus sentimentos. Mas me enganei. Emilia me deixou um tanto quanto perturbada no bom sentido. Acho que eu nunca tinha assistido a um filme que o ator tivesse tantas expressões faciais quanto este. Caras e bocas diziam tudo que precisávamos saber sobre os sentimentos da Lou... ela é uma fofa, com seu estilo alternativo e alma de "criança", mas o que mais me chamou a atenção foi a linguagem corporal como um todo.





4. Will e Lou

     A desenvoltura dos dois atores foi contagiante, assim como no livro. O modo como Lou trata Will com uma pitada de provocação e sarcasmo, porém com atitudes cheias de carinho e preocupação. E Will por outro lado, com seu jeito mal humorado acabou cedendo um pouco e facilitando o convívio com Lou, se submetendo a algumas de suas vontades. No final, Will queria que ela vivesse e aproveitasse uma vida que ela tinha pela frente, a mesma vida que tinha lhe sido tirada. Impossível não se apaixonar por esses dois.



     Além disso, fora das telas esses dois são a coisa mais meiga que existe. Em sua página do instagram, Sam realizou uma contagem regressiva para o lançamento do filme, com muitas fotos de making off das filmagens e momentos especiais... apaixonante!!


5. A trilha sonora

     Eu sou daquelas pessoas extremamente ligadas à trilha sonora. Uma vez colocada em um filme que eu gostei muito, aquela música passa a não existir sozinha mais... ela sempre me levará de volta às cenas que eu mais amei. Em "Como Eu Era Antes de Você" não foi diferente. Já está impossível ouvir Photograph de Ed Sheeran sem lembrar do filme... 


     E as outras músicas que compõem a soundtrack desse filme lindo??? É só conferir AQUI

6. Patrick Longbottom

     Ahh atirem a primeira pedra quem não estava curioso pra ver a atuação do nosso eterno Neville Longbottom em Como Eu Era Antes de Você!! Em roupas justíssimas e um estilo de vida totalmente diferente do de Lou, Matthew Lewis interpreta Patrick, O Namorado Insuportável. Mas mesmo em meio a tanta chatice, ele foi exatamente o que eu esperava desse personagem!



7. O que ficou para trás

     Quase nada importante foi deixado para trás nesta adaptação cinematográfica. No livro eu achei mais evidente a "briga" entre a Lou e sua irmã e também a péssima relação entre os pais de Will, enquanto que no filme os Traynor são aparentemente bem casados e estáveis. 
     A única coisa me me fez falta foi a passagem do livro no labirinto do castelo. Quem leu sabe que a Lou passou por momentos difíceis no grande ponto turístico da cidade, e que no instante em que visita o lugar com Will, em uma de suas caminhadas matinais, Lou entra literalmente em uma orbita escura de sua mente que a transporta para uma época em que ela queria esquecer. Achei que a cena seria mostrada por destacar um ponto fraco da personagem... um dos motivos que levou Will a querer que ela saísse da cidade e fosse em busca de um futuro, um objetivo, e abandonasse seu passado vazio. Mas, não tivemos essa cena...

8. Os melhores momentos

     Bom, acho melhor dar uma olhadinha nos melhores momentos...





9. A pergunta que não quer calar...

     E ai?? Chorou muito??

     Quando li o livro eu fiquei meio confusa... tive medo de que o Will mudasse seu pensamento ao final de tudo. Mas como já disse que ele foi um dos personagens mais fortes que eu conheci, ele não me decepcionou. Porém a escolha de Will judiou do coração de muita gente, principalmente da Lou... e isso partiu meu coração e me deixou bastante emocionada. Contudo, esperava chorar litros no filme e não consegui!! Claro que tive os olhos marejados d'água em muitos momentos, mas chorar em sí não... o pior é que eu QUERIA desabafar e chorar.. mas as pessoas no cinema choraram de uma forma tão enlouquecedora que me fez rir e perder a concentração da coisa... exatamente como ocorreu em A Culpa é das Estrelas... porém, creio que se algum dia eu estiver em casa e resolver assistir sozinha, com certeza vou precisar de um lencinho...

10. O final

     Preciso destacar o final do filme. Desde o momento que Louisa aceita partir para Suiça até os créditos, foram exatamente do jeito que imaginei e isso fez meus olhos brilharem. Amei cada segundo daquele desfecho, principalmente a carta lida por Will, com sotaque lindamente cativante enquanto Lou se preparava para enfrentar não só as ruas de Paris, mas sua vida que estava apenas começando. Amei!

     Bom pessoal!! Estes foram meus comentários sobre o filme... e mais uma vez eu destaco que foi, na minha humilde opinião, uma das melhores adaptações cinematográficas que eu assisti no quesito originalidade. Os diretores seguiram exatamente o roteiro de Jojo e o resultado foi sensacional. Se fosse dar uma nota, com certeza seria 9,5 (aqueles 0,5 ficam pela falta da cena do labirinto... sim eu queria muito aquela cena hahaha). 

     Espero que tenham gostado e fiquem a vontade pra comentar e conversar sobre qualquer coisa.. tá?? Beijos e até a próxima!


     Olá pessoal!! Hoje eu vim falar um pouquinho sobre o livro "Atrás do Espelho" da escritora A. G. Howard, aproveitando o clima de Alice Por Trás do Espelho que ainda paira por aqui. Este é o segundo livro da série Splintered, ou O Lado Mais Sombrio e que, assim como o primeiro livro trás traços intensos da leitura clássica de Lewis Carroll e o mundo intraterreno...


"Houve um tempo em que eu odiava tanto escutar essas saudações confusas e ruidosas que eu as apanhava e sufocava. Agora, esse ruído é confortador."

Sinopse

     Em O Lado Mais Sombrio , a releitura dark de Alice no País das Maravilhas , Alyssa Gardner foi coroada Rainha, mas acabou preferindo deixar seus afazeres reais para trás e viver no mundo dos humanos. Durante um ano ela tentou voltar a ser a Alyssa de antes, com seu namorado, Jeb, sua mãe, que voltou para casa, seus amigos, o baile de formatura e a promessa de ter um futuro em Londres.
     No entanto, Morfeu, o intraterreno sedutor e manipulador que povoa os sonhos de Alyssa, não permitirá que ela despreze o seu legado. O mesmo vale para o País das Maravilhas, que parece não ter superado o abandono.
     Alyssa se vê dividida entre dois mundos: Jeb e sua vida como humana... e a loucura inebriante do mundo de Morfeu. Quando o reino delirante começa a invadir sua vida real , Alyssa precisa encontrar uma forma de manter o equilíbrio entre as duas dimensões ou perder tudo aquilo que mais ama.


"- Solte as amarras que colocou em si mesma. Reivindique sua coroa e liberte a loucura intraterrena que existe dentro de você."

Comentários

     Mais uma vez a autora conseguiu transformar um mundo já criado previamente em uma história intrigante com um final mais do que angustiante. 

     A Alyssa de "Atrás do Espelho" está muito diferente da menina determinada e corajosa que eu conheci em "O Lado Mais Sombrio". Todas as suas boas qualidades foram moldadas e transformadas em orgulho e chatice... parece que o tempo todo ela estava determinada a não dar ouvidos aos que mais precisavam dela, que agora era A Rainha do País das Maravilhas e teimava em voltar seus olhos somente para Jeb. O amor que foi construído entre eles é intenso e isso a autora representou muito bem, mas quando começam a surgir as "intrigas amorosas", Alyssa parece se fechar para o mundo e viver cega de amor e obsessão. Tudo a deixa desconfiada e totalmente chata!! Além disso, a personagem parece viver um conflito interno com seus próprios sentimentos: os momentos de confiança e desconfiança, verdades e mentiras mostrados no primeiro livro, ganham mais destaque, porém de uma forma negativa, visto que a personagem não consegue tomar suas próprias decisões.

     Uma das coisas que faz Alyssa viver nesse mundo confuso de sua mente é o fato de começar a descobrir o quanto sua mãe, Alisson, influenciou a vida no País das Maravilhas quando tinha a sua idade. As atitudes que Alisson tomou no mundo intraterreno ao lado de Morfeu estão influenciando cada vez mais na realidade de Alyssa, o que a deixa sem saber em quem acreditar. 

     Este início da leitura foi bem lento devido ao modo como Alyssa leva as coisas. Eu fiquei irritada!! Mas logo que a personagem sintoniza sua mente com o que está realmente acontecendo, ela passa a ficar mais tolerável, porém parece ser tarde demais. O tempo perdido dá oportunidade para que as mazelas do mundo intraterreno comandadas pela Rainha Vermelha e também pela Irmã Dois invadam a superfície da terra e colocam em risco a vida de todos que Alyssa ama. 


"Os sonhos infantis são a infraestrutura do País das Maravilhas."

     Os temas abordados nesta leitura foram muito bons e muito bem construídos. A autora deixou claro que os sonhos das crianças é a base de tudo que ocorre no País das Maravilhas, e que sem elas não existe nexo nos acontecimentos de lá. O que explica também o fato dos seres intraterrenos não serem criativos, pois são fruto da criatividade dos humanos, o que foi muito interessante de ler. Perceber que os seres do País das Maravilhas são mágicos, poderosos e extremamente audaciosos mas sem um pingo de criatividade, parece mentira! Mas é a mais pura realidade... 

     Um personagem que recebeu um destaque muito fofo foi Chessie!! O gato do sorriso mais contagiantemente louco do mundo de Lewis Carroll ganhou vida nas páginas de "Atrás do Espelho". Chessie aparece como um pequeno anjinho da guarda sempre pronto para ser útil ao lado de Morfeu e de Alyssa. A autora o descreve como uma bolinha peluda de listras acinzentadas e laranjas, com um parzinho de asas e sorriso enorme, e extremamente carinhoso... impossível não amar!!

     Como não podia deixar de falar, mais uma vez minha mente ficou levemente cansada com a escrita da autora. As páginas lindas com diagramação única trouxeram novamente uma história que vai um tanto quanto além do alcance da minha imaginação. E a tentativa de entender tudo que estava ocorrendo ali deixou a leitura um pouco mais lenta e difícil. Mas... com um desfecho desses, este livro merece muitas estrelas!! A autora criou uma personagem um tanto quanto volátil e imprevisível. Ao final, Alyssa entende os motivos de sua mãe ter passado tantos anos em um sanatório e a maneira como ela aguentou tudo aquilo. Afinal, uma vez que você passa a fazer parte do mundo intraterreno, você pode até tentar sair dele, mas ele nunca sai de você. 

     Assim, pela força da magia que habita o sangue da Rainha Alyssa, ela está pronta para enfrentar tudo e todos para salvar aqueles que ama... e com uma grande reticência, a autora deixa não apenas um gostinho de quero mais, mas uma sensação de urgência incontrolável de mergulhar fundo no próximo livro... 
     Espero que tenham gostado da resenha, e que deixem nos comentários a opinião de vocês, que é sempre muito bem vinda!! Beijo beijo, e até o próximo post!




Atrás do Espelho (Unhinged)
A. G. Howard 
Editora Novo Conceito - 2014
ISBN: 978-85-8163-561-3 
400 páginas 
Por Izabela Elias





     Boa noite pessoal!! Depois de alguns dias sumida hoje eu vim falar um pouquinho sobre um filme que há muito tempo estávamos esperando.. ansiosos!! "Alice Through The Looking Glass" ou "Alice Por Trás do Espelho"... um dos lançamentos da Disney mais esperados para 2016... Então vamos à sinopse e um TOP 10 comentários indispensáveis sobre o filme!!


Faz três anos que Alice esteve no País das Maravilhas e hoje ela é capitã do navio que seu pai deixou como única herança após sua morte. Navegando pelas águas de todo o mundo, Alice viu acontecer as mais impossíveis coisas aos olhos de desacreditados e sempre carregou o lema de que "tudo é possível se você acreditar". Agora, de volta à terra firme, Alice se vê confrontada a abrir mão do navio de seu pai para poder manter a casa e a honra de sua família. Ao mesmo tempo que sua mãe precisa que ela abra mão do navio, Alice recebe a visita de uma sábia borboleta como um chamado do País das Maravilhas, e o motivo é que o Chapeleiro está precisando de sua ajuda.

O mundo terreno poderia esperar?? É claro que sim, afinal o tempo está em suas mãos neste filme. Sem ter muito tempo para pensar, Alice atravessa o espelho com destino ao mundo intraterreno e, depois de rever seus amigos que há tempos não reencontrava, corre para ajudar o Chapeleiro. Seu amigo mais querido teima em dizer que sente que seus pais ainda estão vivos, mesmo tendo presenciado o dia de sua morte e, ao achar que é impossível trazê-los de volta, Alice desonra a amizade com o Chapeleiro. Ela era sua única chance, a única pessoa que acreditaria em seus mais profundos anseios.. e ele estava enganado.

Decidida a mover céus, terras e mares para certificar se os pais de seu amigo ainda estavam vivos, Alice precisa voltar no tempo. Porém, seja no mundo intraterreno ou terreno, brincar com o tempo nunca deu muito certo. Um destino traçado não deve ser modificado e personificação do Tempo não vai permitir que a menina abuse de sua boa vontade. Dizem que o tempo cura tudo, mas nesse caso ele poderia destruir a vida de todos.




TOP 10 - Comentários Especiais

1. A Alice

     Eu achei que a personagem principal está mais madura, mais forte e muito mais determinada. Em uma época em que a mulher deveria ser uma dama subordinada, nascida para viver cheia de delicadezas e sutilezas, Alice segue seu coração sem medo do que a sociedade irá pensar. Isso ela aprendeu no País das Maravilhas. Com certeza!




2. O Tempo

     Quando assisti ao trailer eu tive uma impressão totalmente diferente do que seria a personificação do Tempo neste filme. Achei que ele seria tão ruim quanto a Rainha Vermelha e que faria da vida de Alice um inferno. Mas me surpreendi. Além disso, o ator que interpretou o papel (Sacha Baron Cohen) esteve perfeito em todas as cenas. O sotaque, os trocadilhos e a intensidade do personagem fluía por seus poros (sim, intenso).


3. O Chapeleiro

     Nem preciso ir muito além dos elogios "mágico" e "sensacional", né?? Nós que estávamos acostumados a ver Johnny Deep brilhar na pele deste personagem acabamos conhecendo outras facetas de sua personalidade. O Chapeleiro feliz torna-se um homem desapontado, raivoso, enlouquecido e também doente, no sentido enfermo da palavra. Cada mudança carregava um significado muito marcante para os acontecimentos do filme. Achei tudo muito bem feito.



4. As Cores

     Em "Alice no País das Maravilhas" os tons de cinza e azul prevaleceram de uma tal maneira que toda vez que eu me lembro de alguma cena, tudo está sempre muito escuro. Já neste filme as cores estão muito vibrantes e os tons quentes sobressaíram ao cinza e azul. Não sei se pra vocês fez diferença, mas meus olhos ficaram muito satisfeitos com este "pequeno" ajuste, que acaba fugindo um pouquinho ao estilo Tim Burton, mas agrada muito ao expectador.

5. As Roupas

     Não tem como não ficar com os olhos brilhando!! Adorei o figurino... o recorte das roupas de Alice foram sensacionais!! 



6. A Lagarta. A Borboleta. O Sábio. Always

     A última contribuição para o cinema de Alan Rickman não poderia ser menos que memorável. Poucos segundos foram mais do que suficiente para fazer meus olhos transbordarem. E para quem ainda insistir em assistir dublado, lembrem-se que vão perder de ouvir a voz desse ícone pela última vez no cinema.


7. A Viagem no Tempo

     Para viajar no tempo é preciso enfrentar a tempestade do passado e seus mares em fúria. Alice teve que "pegar emprestado" do Tempo sua Cronosfera e então encontrar as famosas "águas passadas" (esse termo se encaixa perfeitamente no que eu estou querendo dizer). Sua habilidade com o navio de seu pai faz com que ela pilote a engenhoca com a maior facilidade do mundo!! Mas a questão é que as analogias sobre voltar no tempo são muito evidentes e dão aquela sensação gostosa de "eu entendi a referência".


8. Aqueles que mexeram com o tempo...

     E por falar em referência, foi impossível falar sobre o tempo e não lembrar de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Principalmente quando a Hermione diz "...A Professora McGonagall me contou coisas horríveis que aconteceram quando bruxos mexeram com o tempo. Montes deles acabaram matando os 'eus' passados ou futuros por engano". E aqui não foi muito diferente...



9. A Vermelha Rainha

     Não escrevi ao contrário atoa. Pela primeira vez senti uma leve compaixão pela Rainha Vermelha e um desgosto pela Rainha Branca. Os acontecimentos mais desastrosos do País das Maravilhas tiveram início com uma intriga de criança. Um fato que foi além de uma simples briga. Cada migalha interferiu no futuro das irmãs reais e consequentemente de todo o mundo intraterreno.


10. "Dê Tempo ao Tempo"

     A parte cômica do filme foi realmente extraordinária. Durante o chá da tarde, quando o Senhor Tempo dá uma passada para procurar Alice, os integrantes indispensáveis do evento não perderam a oportunidade de fazer trocadilhos com o Tempo. Muito bom!! Só assistindo pra entender... 




Bom pessoal, acho que é isso. Se quiserem saber um pouco mais sobre o filme e suas maravilhas intraterrenas, não deixe de ir ao cinema. Vale a pena!! Por ora, fiquem com o trailer do filme, seguido da trilha sonora incrível na voz da Pink! Beijos, e até o próximo post...