Vem chegando o fim de 2015, muita gente de férias, e aproveitando o tempinho “atoa” pra colocar as leituras em dia. Tem coisa melhor?? Acho que só um cafezinho ou cappuccino quentinho pra deixar mais perfeito. Na minha lista de livros para o final do ano estava O Último dos Canalhas, da série de romances de época da autora Loretta Chase... e eu vou contar um pouquinho pra vocês...



"Percebeu mais do que isso: o brilho de fogo do inferno nas profundezas verdes dos olhos, a inclinação arrogante do nariz, as linhas rígidas do malar e maxilar... e a própria boca do demônio, prometendo tudo, perfeita para gargalhadas, para o pecado, o que fosse"

     Bom, quando li O Príncipe dos Canalhas (resenha completa no instagram @cademeulivro) eu percebi que a autora gosta de histórias que envolvem muitos acontecimentos englobando todos os personagens da trama. E desta vez não foi diferente. Como foco principal, temos a história de Lydia Grenville, uma mulher de personalidade forte, independente, que trabalha para uma revista de folhetim e jornal muito famoso na cidade de Londres, a Argus. Totalmente destemida, Lydia não tem medo de correr atrás de seus ideais. Desde muito jovem teve que lidar com situações abusivas contra as mulheres e depois de conquistar seu espaço na Argus, ela investiga casos de prostituição de menores e outros problemas sociais, como o mau comportamento de muitos duques e outros membros da coroa inglesa. Em uma de suas tardes investigativas, Lydia flagra uma tentativa de sequestro de uma garota que havia acabado de chegar à cidade e, sem pensar duas vezes, corre para tentar salvá-la. É neste momento que surge em sua vida um duque, o famoso duque de Ainswood, Vere Mallory, cheio de conversa fiada que vai tentar apartar a briga em que ela se meteu, mas acaba se dando mal ao ser nocauteado por Lydia e vira piada de toda a sociedade.


"No mundo real, adulto, era mais fácil encontrar unicórnios do que príncipes encantados"

     Como todo homem que “apanha”, Vere tem seu orgulho ferido e decide não medir esforços para se vingar da jornalista e acaba se metendo em todas as suas investigações e desmascarando todos os seus disfarces. A proximidade dos dois acaba sendo conveniente para Lydia, que aproveita da situação para continuar desvendando os mistérios da sociedade inglesa, só que agora com um homem muito charmoso, porém devasso, ao seu lado.

     A jornalista não está interessada em nenhum tipo de romance, muito menos com este duque que não faz questão de manter sua imagem, mas a sede de vingança que ronda os dois é tão palpável quanto à atração física a ponto de fazer com que uma simples aposta resulte em um possível casamento e descobertas que vão mudar o sentido da vida de Lydia e de Vere.


"Essa era a sua vocação, lembrou a si mesma. Era por isso que Deus a havia criado forte, inteligente e destemida. Não era brinquedo de homem nenhum. E certamente não arriscaria todas as coisas pelas quais batalhara só porque um príncipe encantado palerma tinha provocado um furor em seu coração turbulento"

     Mesmo sendo tão orgulhosos, pretensiosos e cheios de um “fogo que vem de dentro”, ambos vivem à sombra de um passado de perdas e mortes que foram essenciais na construção de suas personalidades. Juntos eles terão que superar os medos se quiserem resolver todos os problemas que assolam suas vidas.

     Achei a trama bem interessante. Adoro histórias que abortam temas relevantes à sociedade, como a prostituição e o abuso de menores, e, ainda mais por ser um romance de época, gostei muito de ler sobre a imposição da figura feminina na resolução dos problemas sociais de uma cidade referência para a época, e que está à beira de uma revolução.


"O amor precisara pegá-lo desprevenido. Fora o que Lydia fizera diversas vezes. Furtiva, ardilosa, recusando-se a jogar segundo as regras. Era assim que o amor funcionava. E ele estava explodindo de felicidade"

     Em paralelo, adorei matar a saudade do Lord Belzebu e também de ver a vida do irmão da Jessica tomar um rumo perfeitamente adequado, já que as condições em que ele se encontrava não eram das melhores.

     Confesso que não foi uma leitura muito fluida e que gostei mais de O Príncipe dos Canalhas. Senti falta de algum “tempero especial” que eu não consegui identificar o que é... talvez uma devoção e um romance mais amoroso e dedicado... não sei. No geral, fica acima da média, mas ainda não decidi se Vere Mallory entra pra lista dos meus amores literários...

     Espero que tenham gostado!! Creio que esta é a ultima resenha do ano de 2015 e eu só tenho a agradecer todos vocês por estarem presente mais um ano na vida do blog!!! Que 2016 comece com muita luz e siga trazendo muita felicidade a todos vocês!! Ah, e muitos livros, é claro!!

Feliz Ano Novo...


O Último dos Canalhas (The Last Hellion)
Loretta Chase (primeira edição de 1998)
Editora Arqueiro – 2015
304 páginas
ISBN: 978-85-8041-475-2

Por: Izabela Elias



     Olá pessoal tudo bem? Hoje eu vim trazer a resenha de Minha Julieta e no fundo estou com um aperto no coração. Na realidade, eu não queria fazer a resenha porque não queria que acabasse a história. Queria continuar vivendo quase um triângulo amoroso com Ethan e Cassie. Mas, a vida segue né (momento drama parte 1)... só que antes de começar a contar um pouco mais sobre a continuação de Meu Romeu, eu queria agradecer a Srta. Grazieli do blog Tentando Ser Nerd, que me deu o livro de amigo secreto... eu amei ser sua BFF e com certeza fiz um ótimo uso do presente incrível... e também a minha amiga Tamiris Chinarelli, que mergulhou nessa história junto comigo, lendo as mesmas páginas em extrema sintonia e rindo das mesmas coisas... foi muito bom e espero que em 2016 possamos continuar com essa mania de leitura... sem mais, vamos a resenha!!

"- Esse é o problema. Nós não pararíamos. Iríamos continuar e de repente estaríamos até o pescoço em um relacionamento no qual meus problemas nos estrangulariam novamente."



     Depois de conhecer a história do nosso casal de atores magia em Meu Romeu...

“Esta é a história de Cassie e Ethan contada em dois tempos distintos: o passado, quando eram alunos da escola de teatro de Grove, e o presente, agora que foram escalados para trabalhar juntos em uma nova peça da Broadway. Cassie costumava ser uma menina tímida, vulnerável e que encontrou no teatro uma forma de viver várias vidas, já que não sabia quem realmente era. Lá ela conhece Ethan, um grande exemplo de deus grego com seus olhos azuis penetrantes, e logo são escalados para o primeiro papel onde interpretaram Romeu e Julieta, o que fez toda a escola parar para admirar a química indescritível que tinham juntos. O que não sabiam é que o envolvimento dos dois mesclava com a atração fora do palco, uma sensação incontrolável que os enlouquecia a cada toque e a cada olhar, e os faziam duvidar sobre o que era realidade e interpretação. Ethan deixa claro para Cassie que não pode se envolver, que não é do tipo que acredita em amor, mas ela insiste em acreditar que aquilo vai mudar e que o que existe entre eles não passa de insegurança e medo da entrega a paixão. Seis anos se passaram do dia em que se conheceram. Três anos da última vez que se viram, quando Ethan abandona Cassie e deixa seu coração partido pela segunda vez. Agora eles precisam viver e contracenar juntos à sombra de um passado que deixou marcas profundas e incuráveis. Vocês não tem idéia de onde tudo isso vai parar!”


 ... as páginas de Minha Julieta fluíram de forma muito mais agradável. No primeiro livro temos o começo de tudo, como Ethan e Cassie se conheceram se apaixonaram e sofreram por amor ou por falta de assumi-lo, e eu tive dificuldade de distinguir os casais do presente e do passado. Para mim, eram pessoas totalmente diferentes, com problemas diferentes e não o mesmo casal em apenas épocas diferentes. E também houve dois momentos na história em que Ethan abandona Cassie, mas não foi contado em detalhes no primeiro livro e isso foi o fundamental para despertar a curiosidade e o desespero em botar as mãos na continuação.


"A maior tragédia é que, desde que vocês se conhecem, têm estado completamente loucos de amor um pelo outro e desperdiçaram tempo demais sendo uns idiotas teimosos negando isso."

     Eis que chega então às livrarias o livro que seria a resposta de todas as minhas angústias reprimidas desde maio de 2015 (momento drama parte 2). Minha Julieta vai contar o fim do relacionamento de Cassie e Ethan nas duas vezes durante a o período em que estão na faculdade de artes cênicas, como lidaram com a dificuldade de permanecerem afastados, lutando contra do desejo de ficarem juntos e assombrados pelo medo e o sentimento autodestrutivo que o amor podia causar. Só então que eu cosegui visualizar melhor que os personagens de hoje e os de seis anos atrás são os mesmos, pois estavam lutando contra os mesmos medos que os aterrorizaram durante tanto tempo.


"Os seres humanos são criaturas estranhas. Nós mentimos todos os dias, de mil maneiras diferentes. A mentira mais comum é: 'Eu li os termos e condições'. A segunda mentira mais comum é: 'Estou bem'." 

     Ethan está disposto a recuperar o amor e a confiança de Cassie e para isso ele decide procurar ajuda de uma terapeuta que abre seus olhos quanto aos seus sentimentos autodestrutivos. Se ele deixasse que os sentimentos ruins continuassem a guiar sua vida, ele nunca teria Cassie de volta. Ethan precisava se abrir e estar preparado para todas as emoções que a vida ainda lhe reservava.

    Confesso que gostei mais de Minha Julieta, pois é o momento de dar um nó nas pontas soltas deixas por Meu Romeu, e a autora faz as finalizações com perfeição. Ela usa os diários de Ethan e as conversas com a terapeuta como forma de acelerar a história sem deixar os detalhes de fora, apenas destacando os momentos que mais influenciaram nas decisões e sentimentos dos personagens. E essa construção do texto deixou a história dinâmica e nada cansativa.


"...o que desejo de você não é fácil. É bagunçado e complicado, e cheio de tanta paixão que não tenho ideia de como lidar com isso tudo. Mas vou encontrar um jeito (...) o amor é difícil, mas vale a pena."

     E pra finalizar, eu queria dizer que a finalização desse livro foi a melhor do ano de 2015... foi lindo, e perfeito e eu ainda estou recolhendo os cacos perdidos do meu coração (drama básico parte 3)... e mantenho a minha opinião de que a música Lost Without You, cantada por Adam Levine e Chris Jamison é perfeita para esse casal...


     Espero que tenham gostado da resenha, sei que foi um pouco diferente do que eu costumo fazer aqui, mas valeu a pena resgatar um pouco do livro anterior e destacar as melhores coisas que absorvi da leitura. Quem ja leu, deixe nos comentários a sua opinião... quero muuuito alguém pra conversar sobre esse livro!! 

Beijos pessoal... até a próxima!!



Minha Julieta (Broken Juliet)

Leisa Rayven
Editora Globo – 2015
352 páginas
ISBN: 978-85-250-6042-6
Por: Izabela Elias



     Boa tarde e Feliz Natal pra todos vocês que acompanham o blog, e também pra todos os que estão aqui pela primeira vez!! E por falar em Natal, que lembra comida boa, hoje eu vim fazer alguns comentários sobre o filme que eu assisti segunda feira no cinema, Burnt - Pegando Fogo.



     Estrelado por atores incríveis como Bradley Cooper, de ‘O Lado Bom da Vida’ e ‘Se Beber Não Case’ que vive na pele do chef de cozinha Adam Jones, Sienna Miller de ‘Sniper Americano’ e ‘Stardust: O Mistério da Estrela, interpretando a chef Helene, que ajudará Adam na busca de sua estrela Michelin. E também Daniel Brühl (‘A Dama Dourada’ e também fará em 2016 ‘Capitão América: Guerra Civil’) como o Tony, Omar Sy (‘Intocáveis’ e ‘Jurassic World’)... além das divas Emma Thompson (‘Razão e Sensibilidade’ e ‘Nanny McPhee’), Uma Thurman (‘Kill Bill’ e ‘Percy Jackson’) e Alicia Vikander (‘O Agente da UNCLE’).



     ‘Pegando Fogo’ conta a história de Adam Jones, um chef de cozinha renomado que cresceu e recebeu prêmios culinários em Paris com a mesma maestria que os perdeu para o vício em drogas. Depois de um tempo longe dos restaurantes, recluso e focado em sua reabilitação nos Estados Unidos, Adam retorna para Londres com toda força de vontade para recuperar seu lugar e conquistar a tão estimada estrela Michelin. Depois de recrutar uma equipe de chefes conhecidos, Adam coloca seu plano em ação mas se não souber controlar o fogo da ganância e orgulho, poderá queimar tudo que vem lutando tanto para conquistar.






     Gente, sério. Esse filme foi sensacional. Eu sou uma amante da culinária, principalmente no quesito doces e confeitarias, e com certeza sai do cinema com água na boca. O Bradley Lindo Cooper conseguiu mergulhar no papel muito bem, porque não é fácil cozinhar, muito menos ser um chef, que dirá interpretar um totalmente louco e sedento pela perfeição. Os movimentos do ator são delicados e ao mesmo tempo firmes, seguros de si e, principalmente, cheio de amor, o que se espera ver em um bom cozinheiro, sendo ele chef ou não. Em alguns momentos cheguei a compará-lo com o chef Gordon Ramsey, o famoso Hells Kitchen, de tão intenso e perfeccionista que é esse personagem.



     O roteiro foi muito bem escrito, tanto é que eu fui correndo pesquisar para saber se foi baseado em algum livro. Uma trama totalmente imprevisível e não foi nada daquela coisa “monótona” e sim de tirar o fôlego, daqueles que se você piscar pode perder algum momento único. Os pratos então, deliciosamente delicados e, por um instante, achei que seriam pequenos demais para a fome que eu senti ao final do filme! O duro foi chegar em casa e não ter nada daquilo pra comer hahahah... tive que me contentar com um miojinho (brincadeira).




     Outra coisinha que me fez apaixonar foi simplesmente... Londres. Os food trucks, as paisagens, as ruas os becos... mesmo tendo desfrutado por tão pouco tempo dessa cidade, deu pra sentir o cheiro e muita saudade. Quero voltar, tá?



     
Curiosidade

A Estrela Michelin


     O Guia Michelin é um guia turístico publicado pela primeira vez em 1900 por André Michelin, um industrial francês fundador da Compagnie Générale des Établissements Michelin, fabricante de pneus mais conhecida como Michelin. O objetivo de André era o de promover o turismo para o crescente mercado automobilístico. Presente na maioria dos países europeus e em vários no mundo todo, o Guia é publicado em duas cores, vermelho e verde, sendo que cada uma delas tem uma aplicação diferenciada, para hotéis e restaurantes e lugares turísticos, respectivamente.
     Dentro da culinária, o Guia Vermelho é o mais respeitado do mundo e premia os melhores restaurantes, classificando-os com estrelas (de 1 a 3), representando o sonho ou o pesadelo de qualquer chef. Ganhar uma estrela do Guia significa ascensão do restaurante e dos seus chefs ao passo que perder uma delas pode levar até a uma tragédia, tal qual aconteceu em 2003 com o suicídio do chef Bernard Loiseau após um rumor de que seu restaurante perderia a classificação de 3 estrelas do Guia Michelin.



     Bom pessoal deu pra ver que eu amei cada instante do filme, cada construção de cada um dos personagens, bem como a interpretação, fotografia e trilha sonora. Amei tudo, pode ganhar a estrela Michelin e o Oscar também! Super recomendo e espero que gostem!! Quem assistiu, deixe nos comentários o que acharam e quem ainda vai ver, depois passa aqui pra me contar como foi!!


Até mais pessoal!!


      Boa noite pessoal! Como estão os preparativos para as festas de fim de ano?? Natal e Ano Novo... muita festa, comida boa.. doces magníficos!! Hummm!! Mas o bom é ter uns dias de descanso e conseguir até colocar as leituras em dia... isso é o melhor!! E pra continuar nesse ritmo de férias, eu finalizei mais uma história que eu estava muuuito ansiosa pra ler... e vou contar um pouco pra vocês.


“Apesar do meu passado de relacionamentos entediantes e mecânicos, ainda acredito no amor. Pelo menos, uma parte de mim acredita”



     Amor Imortal é um romance fantástico da autora brasileira Ana Carolina K J que foi publicado pela Editora Novo Conceito no Projeto Novas Páginas. Nele temos a história de Anna Bonnier que, após um romance desanimador somado à morte inesperada de seu pai, tenta juntar os cacos de sua vida para poder seguir em frente. Junto com sua amiga Loreta, Anna viaja para Aspen, no Colorado em busca de novas aventuras e se depara com uma que mudaria sua vida pra sempre.

      Em meio a tanto frio e neve, Anna conhece um homem misterioso chamado Raziel, com intensos olhos verdes esmeralda e que a convida para um encontro. Encantada com todo aquele charme e masculinidade e também louca para fugir de uns rapazes insuportáveis que sua amiga conheceu para lhe “fazer companhia” (na forma mais inapropriada possível), Anna aceita o convite e decide conhecer melhor aquele homem maravilhoso. Em pouco menos de um dia juntos, Anna sente que o que a uniu a Raziel não é uma simples atração física, mas algo muito maior que sua mente insiste em lhe mostrar, algo sobrenatural e que mudaria seu presente e seu futuro de forma intensa e radical.

“Demônio ou Anjo. Vida ou morte. Azar ou sorte. Mesmo que eu não saiba que és, confio em ti. Olhei fundo em seus olhos e vi o meu reflexo. Um ardor se espalhou em meu peito. Percebi que havia algo alem de um simples encontro, algo inexplicável e familiar, como se a sua alma fizesse parte de mim”.



      É então que Anna começa a ter recordações de um passado em que aparentemente não viveu. Mas as memórias são claras: ela estava lá, no século XIX, nos braços de Raziel e estava completamente feliz. Intrigada com suas visões, ela decide questioná-lo sobre o que está acontecendo, e então Raziel lhe conta que é um Nephilim. Um homem anjo descendente de anjos caídos e expulsos dos céus pelo Criador, e que lutava há mais de 200 anos para ficar ao lado de sua alma gêmea, sua Dilecta immortalis. Foi assim que Anna descobriu que viveu outras vidas ao lado daquele homem e que também morreu duas vezes em seus braços devido ao ódio existente entre o bem e o mal, os anjos e caídos, os seres celestiais e demoníacos. Para poderem ficar juntos, Anna e Raziel se unem para destruir Samyaza, o demônio que insiste em separá-los.



     Bom pessoal.. tenho alguns comentários importantes! Na realidade, eu selecionei as observações mais marcantes desse livro pra falar pra vocês, já que se eu fosse falar tudo eu ficaria aqui pra sempre tentando explicar minhas sensações e pensamentos. Primeira e mais importante: foi uma leve decepção. Eu criei muita expectativa em cima dessa história e fiquei um pouco frustrada com o que li. Eu fico assustada quando isso acontece porque eu sou uma pessoa que sempre vê o lado bom de todos os livros, nunca consigo criticar nada, mas dessa vez não foi bem assim. A história acontece de forma muito rápida e melodramática, o que me incomodou logo de cara. A mocinha fica por dentro de todo o mistério que a envolve de maneira rápida e direta, o que me fez pensar que poderia ser uma “pegadinha” e que Raziel era o “demônio do mal”, só que não! Não houve suspense.. eu esperava muito mais desse lado da história.

     Outra coisa, a descrição das cenas de amor e sexo me incomodou um pouco. Não sei explicar o que eu senti, mas foi tudo muito rápido e repetitivo (as duas cenas são praticamente iguais), além do uso de algumas palavras que me desagradou.





     Sei que a proposta é incrível e muito interessante. Impossível não me lembrar de Jace, Clary, Isabel e Alec em Os Instrumentos Mortais, já que eles são nephilins, e isso foi o que mais me deixou com vontade de ler. As passagens explicativas são muito boas, as definições e explicações da grande guerra que existe entre o "céu e a terra" são muito bem escritas e eu confesso que foi o que eu mais gostei, junto com as introduções dos capítulos, com pequenos trechos e pensamentos muito intensos sobre o bem, o mal e o amor imortal. Cheguei a reler algumas passagens só pra tentar visualizar melhor a hierarquia dos seres celestiais. Isso foi o que mais me encantou em toda a leitura. 




    Por hoje é só pessoal! Quem leu o livro depois deixe nos comentários o que achou, quero saber a opinião de vocês ja que a minha foi uma verdadeira mistura de sensações. 


Beijos e abraços... e até o próximo post!!!





Amor Imortal
Ana Carolina K J
Editora Novo Conceito – 2015 (Novas Páginas)
256 páginas
ISBN: 978-85-8163-727-3
Por: Izabela Elias





          Hoje eu não vim postar resenhas, nem comentários de filme. Hoje eu vim mostrar mais um pouquinho do imenso amor que eu tenho por essa escritora incrível que completa 240 anos e que transbordou amor em todas as suas histórias, até o último momento de sua vida. Quem ai quer um pedacinho de bolo??

“Não tenho medo de mostrar meus sentimentos e de fazer coisas imprudentes, pois acredito que o que não se mostra, não se sente. Coisa que talvez surpreenda muito a você, pois os seus sentimentos são tão guardados que parecem não existir realmente.” 

            



            Jane Austen nasceu no dia 16 de dezembro de 1775 em Steventon, Hampshire, na Inglaterra. Por volta do ano 1788, Jane já havia vivenciado muitas histórias que a fariam ter uma bagagem imensa para suas próprias novelas. Neste mesmo ano, foram escritas algumas paródias da literatura da época que mais tarde iriam compor a coletânea Juvenilia, carregada de humor e divertimento para toda a família de Jane. Em seguida, de 1795 a 99, os primeiros esboços de algumas das novelas mais conhecidas em todo mundo foram traçados e ‘Razão e Sensibilidade’, ‘Orgulho e Preconceito’ e ‘A Abadia de Northanger’ ganharam vida. Nesse tempo, seu pai George tentou publicar Orgulho e Preconceito, porém não obteve sucesso. Apenas por volta de 1810 que Jane conseguiu publicar Razão e Sensibilidade, porém de forma anônima com a descrição ‘By a Lady’ em sua contracapa.

“Não é o tempo e nem a oportunidade de determinam a intimidade, é só a disposição. Sete anos seriam insuficientes para algumas pessoas se conhecerem, e sete dias são mais que suficientes para outras.” 


          Em janeiro de 1813 veio a publicação de Orgulho e Preconceito também, e desde então Jane começa a trabalhar com muito mais dedicação às suas histórias. Mansfield Park e Emma vieram como lançamento em 1814 e 15, juntamente com as novas edições das primeiras novelas, e o sucesso de Jane estava apenas começando. Com o apoio integral de seu irmão Henry, Jane conseguiu mostrar para o mundo que ela era a verdadeira dona de todas aquelas histórias que há alguns anos já encantava muitas pessoas. Em dezembro de 1815 em Chawton Vilage, Jane publica Emma e começa a finalizar os últimos retoques em Persuasão, porém cerca de um ano depois a escritora começa a sentir-se mal e se muda para Winchester para receber tratamento médico.


E por falar em Chawton Vilage, eu tive a imensa oportunidade de conhecer um pouco mais desse lugar mágico quando eu estive na Inglaterra. A vila fica em Alton, Hampshire, cerca de 1h20 saindo da plataforma de Waterloo em Londres. Eu estava em uma viagem “mãe e filha” com a minha mãe, realizando cada sonho possível e impossível que já tive na vida (com o tempo vou contando pra vocês mais desses momentos) e foi ai que fomos parar nesse lugar mágico.


“Ela é tolerável, mas não bela o bastante para me tentar. Não estou com ânimo no momento para consolar jovens rejeitadas por outros homens”.



A manhã do dia 28 de setembro do ano passado foi bem agitada. Pegamos o metro de onde estávamos hospedadas direto para Waterloo e de lá, para Alton. Fizemos questão de não desgrudar o olho de cada pedacinho da paisagem, fazendo aquele esforço pra que as cenas fossem fixadas de modo permanente na nossa memória, e hoje tudo que eu sinto é saudade e tristeza por não lembrar tão detalhadamente de tudo que vivemos. Mas deixando esse sentimento de lado, chegamos a Alton! Que emocionante! Realizando mais um sonho que era andar pela cidade do interior de algum país desconhecido. Teríamos que pegar um taxi para chegarmos até nosso destino mágico final, e logo que viramos a esquina eu fui invadida por aquele aperto no peito e vontade de chorar que eu só sentia quando lia algum romance. E naquele momento eu estava praticamente vivendo um! Onde estava Mr. Darcy??

(Imagem da internet)

Conhecer um dos lugares onde a Jane viveu foi muito mais do que um simples sonho realizado e eu sei que nada do que eu tentar falar aqui vai chegar perto do que eu senti ao pisar naquela casa. O cheiro de madeira e lavanda, de coisa antiga também... de livros clássicos (eu me recuso a dizer que eram velhos). A disposição dos móveis, a mesa onde Jane escreveu Emma, sua cama com dossel de princesa, suas vestes... seu vestido de noiva nunca usado. Cada pedacinho tinha amor. Não só pelo fato de ter sido da Jane, pois eu sei que essa não foi uma época de muitas alegrias para ela, mas porque existiam pessoas que cuidavam do que restou e com carinho eternizaram seus momentos ali vividos.

(árvore genealógica)
 





(A cozinha)


(Recados deixados para Jane)


(Primeira edição de Mansfield Park - Manuscrito)

(Esta foto até hoje me faz chorar. Nessa mesa muitas palavras foram escritas por Jane)

(Quarto da Jane) 



 (Cheiro de Lavanda)




Eu poderia finalizar esse post continuando a história a Jane (essa era a proposta inicial), mas não quero falar sobre sua vida amorosa um tanto quanto inusitada e finalizar com suas últimas palavras em seu leito de morte, pelo menos não hoje e não agora. Para mim ela ainda vive e seus livros estão ai para provar isso. E por que falar do fim se podemos comemorar o dia em que ela vive??

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e a amo ardentemente."

Bom, eu vou ficando por aqui, acho que ja me emocionei demasiadamente haha... Não preciso nem dizer que eu recomendo todas as leituras né??  Espero que tenham gostado da matéria, das fotos, e que o fato de ter realizado esse sonho meu faça com que vocês vão atras de realizar os seus também. Vale a pena!! Ah, essa história não acabou ainda!! Qualquer dia eu volto para contar mais um pouquinho sobre essa viagem inesquecível!!

Até mais pessoal, e Feliz Aniversário Jane Austen 


     Olá pessoal, sei que estou meio sumida daqui do blog, mas agora que eu estou prestes a entrar de férias as coisas vão melhorar, prometo!! Mas independente de tudo que vem acontecendo na correria do meu dia a dia, eu consegui me envolver de corpo, alma e coração em mais uma leitura linda e muito emocionante da Cecelia Ahern... então vamos a resenha!



“Às vezes, quando você vê ou vivencia algo muito real, fica com vontade de parar de fingir”


     Hoje vou começar dividindo com vocês um pensamento que me surgiu no primeiro terço da leitura. Durante toda minha vida eu sempre abominei livros de auto ajuda, e também sempre achei essa coisa de “45 dicas para deixar seu dia mais feliz” a maior enganação do universo. Mas acontece que neste romance nossa personagem principal, Christine Rose, teve sua vida toda baseada nesses livros. Tudo começou com a morte de sua mãe, quando, junto com suas irmãs, foi criada por um pai que recorria aos livros para ajudar a solucionar os problemas das filhas. Mesmo depois de se tornar uma mulher independente, Christine tem uma imensa coleção destes livros e muitas de suas atitudes e pensamentos são frutos deles.



     O problema disso tudo é que a última vez que tentou seguir os tais conselhos literários, Christine acabou presenciando duas tentativas de suicídio em um único mês. No primeiro caso, a ajuda que ela tinha a oferecer não impediu o homem de puxar o gatilho, mas a fez enxergar o quão real era a vida e que a dela não passava de uma mentira. Foi ai que ela decidiu que seu casamento havia acabado. No segundo caso, Christine já sentia o gosto do desespero e da culpa de ver alguém tirar a própria vida e então resolveu lutar com todas as forças que tinha para impedir que um rapaz pulasse da ponte Ha’ penny e, ao salvá-lo, prometeu que faria de tudo para provar que a vida ainda valia a pena e que aquele não era o único caminho.


     É neste momento que vamos conhecer um pouco mais de Adam, o rapaz que em um primeiro momento quis tirar a própria vida pulando nas águas agitadas da ponte em Dublin e que agora apostava todas as suas fichas em Christine e sua promessa de salvação.


“Se fosse julgar minha vida em cores, o que aprendera fazer em um livro, nossa relação tinha passado de um tom vibrante para um cinza entediante e monótono”

     Adam teve uma vida cheia de perdas e partidas. Perdeu a mãe muito cedo e teve um pai muito exigente e nada presente. Sua irmã não passava de uma trapaceira e, para finalizar com a cereja do bolo, sua namorada (que há essa hora deveria ser sua noiva) havia lhe traído com seu melhor amigo. Ele já não tem mais motivos para ter fé e esperança na vida, já não existe mais um “tudo vai ficar bem, Adam”, a única coisa que lhe resta é Christine, que tem até o dia de seu aniversário para lhe convencer de permanecer vivo.
     Christine não mede esforços para tentar 'consertar' Adam. Em uma corrida contra o tempo ela se dedica 24h por dia para salvar aquele homem, mas acaba se deparando com os seus sentimentos, com sua necessidade de sobrevivência também. Em alguns momentos ela se questionara sobre estar no caminho certo, sobre deixá-lo encontrar o caminho sozinho ou guiá-lo até o fim. A única certeza que tinha era que queria mantê-lo vivo e, se pudesse, vivo para ficar com ela.

“E, como tudo na vida, se você quer que alguma coisa aconteça, tem que fazer acontecer. Não pode se sentar no seu sofá em casa e esperar que vá se apaixonar”.



     Comecei há pouco tempo querer ler os livros da Cecelia, o primeiro que li foi A Lista e agora este e, se é que eu estou autorizada a comparar as leituras, eu preferi Como se Apaixonar. Amo pegar um livro e sentir frio na barriga e “dor de amor” no peito, porque quer dizer que o autor sentiu realmente tudo aquilo ao escrever a história. Não adianta querer escrever e não sentir nada... Senão os leitores não vão sentir nada também!! E definitivamente a Cecelia transbordou emoção nesse livro. Amei cada passagem, cada momento e cada surpresa, mesmo odiando livros de auto ajuda! E foi somente desta vez que eu senti vontade de ler os outros livros dela... e já declaro que o próximo será Simplesmente Acontece.. com direito, é claro, de resenha e comparação com o filme aqui no blog pra vocês!



     Espero que tenham gostado da resenha e dos comentários, e quem já leu ou ficou interessado, deixa um recadinho aqui em baixo pra eu saber melhor a opinião de vocês!!

Beijo Beijo, e até a próxima!



Como se Apaixonar (How to Fall in Love)
Cecelia Ahern
Editora Novo Conceito – 2015
352 páginas
ISBN: 978-85-8163-768-0
Por Izabela Elias