Olá pessoal!!! Hoje é domingo, dia de preguiça para muitos, mas também dia de colocar algumas coisas em dia, inclusive leituras e postagens no blog. Então aqui estou trazendo uma resenha de um dos últimos lançamentos da autora Cecelia Ahern pela Editora Novo Conceito e eu espero que vocês gostem...


"... sempre acreditei esperançosamente que as pessoas quietas tivessem uma mágica e um conhecimento que pessoas menos contidas não têm; o fato de não dizerem alguma coisa significa que pensamentos mais importantes estão passando pela cabeça delas."

     Uma vida. Uma vizinhança até então desconhecida. Duas vidas. Um ano. Quatro estações. Mutas mudanças. 
     Desde muito jovem Jasmine soube da forma mais inesperada de todas que iria morrer um dia. Com medo de não ter tempo para fazer todas as suas vontades, ela vive sempre intensamente, com a agenda cheia e pouco tempo a perder. Tédio não fazia parte de seu vocabulário. Jasmine é uma mulher muito bem sucedida, que trabalha na criação e venda de idéias e projetos, e mesmo tendo um ritmo de vida totalmente agitado, seu tempo é gasto com apenas dois assuntos: trabalho e Heather, sua irmã mais velha. E agora, depois de anos vivendo com uma agenda super lotada, Jasmine tem que aprender a conviver com algo que ela não sabe lidar muito bem: o Tédio.


"Você colhe aquilo que planta, mesmo na morte. Então eu comecei a plantar."

     Os dias passam, as horas passam, e Jasmine continua presa em sua nova rotina em casa. Acostumada com a correria, ela nunca teve que lidar com ninguém da vizinhança, até que seu vizinho da frente praticamente se impôs na vida dela. Matt é radialista e desde muito antes de sonhar que conheceria sua vizinha, já era odiado por ela. Jasmine tem seus motivos para não querer se aproximar de Matt, mas seu estilo de vida e o modo como tem o dom de acordar metade da vizinhança todos os dias no meio da madrugada, bêbado, a intriga. E muito.

     Porém, uma troca de olhares durante a noite de ano novo traça o caminho dos dois em uma linha sem volta. Hoje, Matt e Jasmine estão de licença forçada do trabalho, mas a vida exige que ambos reúnam forças para se reerguerem pois o mundo não vai parar esperando que eles se recuperem.

     As estações chegam e se vão, trazendo luz, calor, chuva e também uma aproximação mutua e totalmente implicante de Matt e Jasmine. Eles podem não se gostar logo de cara, mas se entendem como ninguém mais os entenderiam, pois vivem na pele as mesmas dificuldades. Na tentativa de ocupar seus dias, Jasmine decide recuperar o seu jardim que estava literalmente morto, enquanto Matt reaproxima de seus filhos com amor e dedicação, mesmo as vezes metendo os pés pelas mãos. 


"No jardim há movimento, sempre há crescimento. Não importa quanto eu me sinta parada no tempo, vou lá fora e vejo tudo mudando ao meu redor."

     Este é mais um livro da Cecelia que traz histórias do cotidiano, tentando nos fazer enxergar a beleza presente no dia a dia das pessoas. Mas já digo que não é muito fácil encontrar essa beleza toda. A história é muito fofa e diferente, mas a narrativa, por ser em primeira pessoa, é muito descritiva e cansativa. Jasmine tem uma mente que anda a passos largos e se alonga com muita intensidade, e a autora quis fazer com que ela contasse tudo para o leitor. Alias, não só para o leitor, mas para o próprio Matt e isso foi uma experiência de leitura muito legal. Cecelia escreveu o livro todo em forma de uma carta gigante, onde Jasmine relata os acontecimentos direcionando-os à Matt do início ao fim.

     Com relação ao ambiente, uma das coisas que eu amo nos livros da Cecelia é ter Dublin como palco de toda a história. Sempre parece ser tudo tão verdinho, tão lindo, com casas rústicas, as ruas de paralelepípedos e o tempo fechado trazendo chuva ao final do dia... é muito bom de se imaginar. E a cronologia levando em conta as estações e o crescimento do jardim em paralelo a vida de Jasmine foi realmente brilhante. Eles cresceram e floresceram juntos, as flores, os sentimentos, as atitudes e as afirmações de personalidade, lado a lado.


"Eu não o conheço, e não devo nada a você. Mas sei que todos nós temos um botão de autodestruição e não posso deixar você fazer isso. Não enquanto eu estiver de olho em você."

     Heather, a irmã mais velha de Jasmine, tem Síndrome de Down e eu achei muito interessante o destaque que a autora deu para a independência que uma pessoa que tem Síndrome de Down pode e deve ter. Heather faz tudo sozinha, trabalha, se diverte, e toma suas decisões. E isso não quer dizer que ela é sozinha, mas sim que é independente. Jasmine vive ao seu lado e zela por sua integridade a todo instante e talvez esse excesso de cuidado pode atrapalhar o desenvolvimento da vida de Heather e o futuro da vida da própria Jasmine. Já tinha lido outros livros que abordassem este tema, mas desta maneira, com outro ponto de vista, foi novidade e eu achei muito muito construtivo...

     E pra finalizar os comentários, Matt e Jasmine. Uma improvável amizade? Ou uma cumplicidade? Não sei dizer o que eu senti da relação dos dois, mas foi bem legal ver os julgamentos se desconfigurarem com o passar dos meses, dando origem a novas opiniões concretas que um tem sobre o outro. Cada época do ano um deles encarou um problema que o outro já tinha passado, ou que iria passar ainda... e os desabafos bêbados na calada da noite servia para que eles desabafassem, mesmo que em forma de briga, e buscassem uma resolução... e o mais intrigante é que, mesmo em pé de guerra, o que um falava pro outro afetava de forma muito intensa e fazia com que eles abrissem os olhos, se não por choque de realidade, por raiva e orgulho ferido.


"Eu posso sentir. É mágico. Meu jardim é espelho de quem eu sou."

     Bom pessoal, era isso que eu queria passar pra vocês dessa leitura. Eu sinceramente gostei mais de Como se Apaixonar, que tem resenha aqui no blog também... mas foi uma leitura diferente que trouxe muita coisa em que pensar. Sabe aquele livro que te faz uma reciclagem mental? Foi assim que eu me senti... Espero que tenham gostado e que deixem nos comentários a opinião de vocês...

NOTA: 3 / 5



O Ano em que te Conheci

Cecelia Ahern
Editora Novo Conceito - 2016
336 páginas
ISNB: 978-85-8163-832-4
Por Izabela Elias




     Ah, já ia me esquecendo!! Agora no mês de outubro a Editora Novo Conceito vai trazer mais um lançamento da autora, e desta vez será do gênero Young Adult um tanto quanto distópico. Confiram a sinopse de Imperfeitos...

"Celestine North vive em uma sociedade que rejeita a imperfeição. Todos aqueles que praticam algum ato julgado como errado são marcados para sempre, excluídos da comunidade, seres não merecedores de compaixão. Por isso, Celestine procura viver uma vida perfeita. Ela é um exemplo de filha e de irmã, é uma aluna excepcional, bem quista por todos do colégio, além do mais, ela namora Art Crevan, filho da autoridade máxima da cidade, o juiz Crevan. Em meio a essa vida perfeita, Celestine se encontra em uma situação incomum, que a faz tomar uma decisão instintiva. Ela faz uma escolha que pode mudar o futuro dela e das pessoas a seu redor. 
Ela pode ser presa? Ela pode ser marcada? Ela poderá se tornar, do dia para a noite Imperfeita? 


Nesta distopia deslumbrante, a autora best-seller Cecelia Ahern retrata uma sociedade em que a perfeição é primordial e quem cometer qualquer ato falho será punido. A história de uma jovem que decide tomar uma posição que poderá custar-lhe tudo."



     Olá pessoal!! Como vocês estão?? Sempre falo que estou sumida e desta vez não vai ser diferente. Essa correria do dia a dia me deixa sem tempo de contar as novidades... mas vou me ajeitar!! Hoje por exemplo eu vim contar um pouquinho sobre o novo filme da Paris Filmes, que foi lançado no final de agosto... NERVE - Um Jogo Sem Regras, e também fazer aqueles comentários indispensáveis...



     Estrelado por Emma Roberts (Scream Queens e Idas e Vindas do Amor) e Dave Franco (Truque de Mestre e Vizinhos), o filme conta a história de uma menina, Vee (Emma), estudante do ensino médio, que vive uma vida aparentemente tranquila e sonha com a faculdade, mesmo sendo um pouco introvertida, mas que tem alguns amigos que sempre a colocam em situações chatas. Decidida a mostrar para todos que ela também sabe se impor e ser uma pessoa determinada, Vee aceita participar de um jogo que anda rolando nas redes ocultas da internet. NERVE. 




     NERVE é simples, como um jogo adolescente de "Verdade ou Desafio". Para jogar as regras são claras: escolha se você é um JOGADOR ou um OBSERVADOR. O jogador deverá cumprir os desafios propostos pelo jogo e, durante os desafios, deverá se filmar para que os observadores fiquem antenados. Se você, por outro lado, é um observador, sua missão é criar desafios para os jogadores e também não deixar escapar nem o que seria perdido em um piscar de olhos. Portanto, celulares ligados e... gravando!

     A partir das regras do jogo, é hora de Vee escolher... e que comecem os desafios...



     Em um dos primeiros desafios, Vee tem seu caminho literalmente cruzado por Ian (Dave), um outro jogador super misterioso. Juntos, Vee e Ian conseguem milhares de observadores, que ficam cada vez mais interessados em descobrir o que eles são capazes de fazer como parceiros de jogo. Os desafios ficam cada vez mais intensos até que um beco sem saída pode colocar em risco a vida de todos os jogadores...  no final, apenas um é o vencedor de NERVE. E ai? Quem ganha esse desafio??




Comentários Especiais


1. Roteiro Adaptado


     Este filme foi adaptado da publicação da autora Jeanne Ryan e eu juro que não sabia da existência do livro, senão tinha corrido para ler antes de assistir no cinema... maaas, eu ainda quero mais e mais e mais detalhes sobre essa história. E para isso, obviamente, já estou com meu livro em mãos e logo logo começo a leitura e venho trazer um post com as diferenças marcantes...


     Para quem se interessou também, fica aqui a sinopse...

"Você já se sentiu desafiado a fazer algo que, mesmo sabendo que pode se arrepender depois, acaba levando em frente? A heroína deste livro também. 
Vee cansou de ser só mais uma garota no colégio, e quer deixar os bastidores da vida para assumir seu merecido posto sob os holofotes. E o jogo online Nerve, febre nacional transmitida ao vivo, pode ser o início dessa trajetória de sucesso. Basta que ela clique no botão “Jogador” em vez de “Espectador” para entrar na disputa, que propõe, a cada etapa, um desafio novo. 
A adolescente acaba formando uma dupla imbatível com Ian, um garoto desconhecido com quem trava contato ao se inscrever em Nerve. Juntos, vão galgando posições no jogo. Mas, conforme os dois avançam na disputa, os desafios ficam cada vez mais complexos... e perigosos."

2. Neon... Neon...


     Falando sobre cenas e fotografias, eu amei as cores em tons brilhantes e neon. Eu tenho uma memoria cinematográfica 100% relacionada com as cores do filme. Em Alice no País das Maravilhas eu ja tinha comentado a diferença entre os tons apagados do primeiro filme comparados aos vibrantes de Por Trás do Espelho. Isso me marca e quando eu lembro do filme, a primeira coisa que me vem em mente são as cores. Em NERVE a maioria das cenas são noturnas com o toque especial em neon... e isso me faz lembrar ninguém menos que... John Mayer (não resisti!!)




3. Família Franco


     O título do comentário já diz tudo né? Que família mais abençoada esta de Dave e James Franco. Dave interpreta o papel do protagonista Ian, o jogador misterioso e, vamos combinar, cheio de carisma. Adoro aquele sorriso e gostei de vê-lo mais, já que nos outros filmes, como Truque de Mestre, ele aparecia ocasionalmente nas cenas e nem dava para admirar muito.



     Por outro lado, James Franco, irmão de Dave, anda meio sumido, mas lança agora em 2016 o filme In Dubious Battle, com estreia mundial prevista para 3 de setembro. O filme conta com a atuação de Selena Gomes, Josh Hutcherson (Jogos Vorazes) e Nat Wolff (Cidades de Papel), e traz uma história desenvolvida em 1930 na Califórnia, em que o Ativista Jim Nolan (Nat) luta para conscientizar politicamente seus colegas e organizar uma greve dos catadores de maçã da região (fonte Adoro Cinema)...


4. Distopia Realista


     Agora minha opinião sobre o filme em geral. Pelo que eu entendi a história acontece em 2020, com um aplicativo internacional bombando e literalmente botando a vida das pessoas em risco. Acho que não devemos chamar de distopia algo que já está acontecendo HOJE! Não me xinguem de careta ou de pessoa idosa que não tem esportiva... mas com "Pokemon Go!" é assim. As pessoas viciaram nisso de uma tal maneira que nem olham mais para os lados para atravessar as ruas. Mas preciso destacar que NERVE é muito mais legal que catar Pokemons imaginários na esquina... é simplesmente angustiante e por um momento eu imaginei como seria a vida com um app desse rodando por ai. Será que eu conseguiria me segurar? Eu seria uma jogadora ou uma observadora? 


     E falando em distopia, impossível não relacionar com Jogos Vorazes. Quem assistiu ali comigo no cinema saiu falando que achou parecido e eu também não consegui evitar a lembrança de Katniss e Peeta naquele final da 74ª edição dos jogos, com as amoras nas mãos... chega, falei demais !!!

5. O Cinema

     Eu não sou de assistir filmes de suspense nem terror, em lugar nenhum, não só apenas no cinema. Odeio esse tipo de filme. Quando assisti o trailer de NERVE eu morri de medo e achei que fosse ser um suspense mais pesado, e mesmo assim decidi encarar por pura curiosidade (e também pelas luzes neon). O resultado foi um filme 100% eletrizante, ligado no 220v sem dó nem piedade. Nada de paradeiro, nada de sentir sono. O tempo todo fiquei com os olhos grudados, frio na barriga e roendo as unhas. Muito bom! E com um final imprevisível... alias, você até imagina que tem algo maior acontecendo, mas a mente não é capaz de alcançar todas as respostas...

     Ou seja, recomendadíssimo!! 

     Quem ai já assistiu ou leu o livro?? Deixem nos comentários a opinião e as perguntas de vocês!! Quero saber... Você seria um Jogador ou um Observador??